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Internacional
Segunda - 20 de Março de 2006 às 20:04

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Dois executivos argentinos de Repsol YPF na Bolívia foram intimados pela promotoria a prestar depoimento na próxima quarta-feira, sobre a acusação de contrabando de petróleo feita à empresa, informaram hoje fontes judiciais e da companhia.

Os diretores convocados são Fabio Carranza, gerente de varejo da Repsol YPF Gás, e Daniel Bustos, gerente comercial.

Com Carranza e Bustos, já são seis os altos funcionários da multinacional hispano-argentina que prestam depoimento aos promotores encarregados do caso, Angel Alvarez, José Centenaro e Alberto Cornejo.

Alvarez disse hoje à EFE que a investigação "segue seu curso" e preferiu não revelar os avanços conseguidos nos últimos dias.

"Depois destas declarações, vamos esperar a documentação que requisitamos à empresa e os relatórios técnicos da alfândega em resposta a nossos requerimentos", explicou.

A Alfândega Nacional da Bolívia apresentou há um mês uma queixa contra a Andina, filial da Repsol YPF no país, pela suposta venda irregular de petróleo no valor de US$ 9,2 milhões (7,6 milhões de euros), que teria sido cometida entre junho de 2004 e julho de 2005.

Por causa desta acusação, a promotoria da cidade de Santa Cruz, onde está a sede da companhia petrolífera, iniciou uma investigação.

Os dois principais executivos da Andina, seu presidente, o espanhol Julio Gavito, e o diretor de operações, o argentino Pedro Sánchez, foram convocados a depor.

Como não se apresentaram, o juiz do tribunal de instrução penal da Corte Superior de Santa Cruz, Zenón Rodríguez, decretou a prisão dos dois, que depois suspendeu.

Há duas semanas, os executivos foram citados novamente e mais uma vez não compareceram ao tribunal. O juiz ordenou uma busca nos escritórios de Andina para detê-los e levá-los ao tribunal, mas a promotoria e a Polícia não os encontraram.

Terça-feira passada, Gavito e Sánchez apareceram de forma surpreendente, por iniciativa própria, para testemunhar na alfândega. Na madrugada de quarta-feira foram detidos e levados a uma delegacia, onde ficaram por 11 horas, até que Rodríguez os deixou sair em liberdade condicional.

O magistrado impôs uma fiança de 400 mil bolivianos (cerca de 40 mil euros) para cada um. Também os impediu de abandonar o país e os obrigou a se apresentarem à promotoria uma vez por mês.

Fontes da Repsol informaram hoje que os executivos "continuam em seus postos de trabalho", que retomaram na semana passada, após deixar a cela.

Além de Gavito e Sánchez, já testemunharam o gerente de relações externas, Miguel Cirbian, e a diretora jurídica, Selenita Céspedes, ambos bolivianos.





Fonte: EFE

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