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Internacional
Domingo - 19 de Março de 2006 às 15:47

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A denúncia de espionagem militar contra funcionários, militantes dos direitos humanos e sindicalistas, que custou o cargo a dois almirantes da Marinha, acende um "alerta vermelho" na Argentina, disse neste sábado a ministra da Defesa, Nilda Garré. "É um alerta vermelho que nos motiva a investigar o que se passa em matéria de inteligência, não só na Marinha, mas também nas outras forças", acrescentou em declarações à imprensa local.

À raiz das denúncias, o chefe da Marinha, almirante Jorge Godoy, dispôs os cargos do comandante de Operações Navais e número três da Marinha, o vice-almirante Eduardo Avilés, e do diretor de Inteligência Naval, contra-almirante Pablo Rossi.

O caso ficou conhecido poucos dias antes das cerimônias pelos 30 anos do golpe de Estado de 24 de março de 1976, que instalou a mais feroz ditadura da história do país que, segundo organizações de direitos humanos, matou ou fez desaparecer 30.000 pessoas.

Avilés e Rossi foram denunciados à Justiça por ordenar tarefas de inteligência contra políticos e sindicalistas, violando as leis de Defesa Nacional e Segurança Interior.

Os espiões agiam na base naval Almirante Zar, próxima à cidade de Trelew, situada na província de Chubut, na Patagônia (sul), que foi cenário, em 1972, do chamado ''Massacre de Trelew'', quando 19 presos políticos foram executados em seus calabouços pelos marinheiros que os mantinham em custódia.

A denúncia foi apresentada pelo Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS) perante o juiz Jorge Pfleger, que ordenou na sexta-feira uma batida na base, onde foram encontrados documentos que provam os atos de espionagem.




Fonte: EFE

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