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Internacional
Sexta - 17 de Março de 2006 às 23:14

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As eleições presidenciais em Belarus, onde a União Européia (UE) teme distúrbios e uma fraude, a próxima formação do Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e o programa nuclear iraniano dominarão a reunião entre os ministros de Exteriores dos 25 países-membros, que acontecerá segunda-feira, em Bruxelas.

A reunião também servirá para preparar a cúpula neste semestre da UE, na quinta e sexta-feira da próxima semana, centrada na agenda de Lisboa - que busca a modernização da economia européia - e na necessidade de criar um mercado energético comum.

Os ministros esperarão os relatórios dos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), para fazer uma avaliação das eleições presidenciais do domingo em Belarus.

A UE advertiu ao presidente Alexandr Lukashenko, considerado "o último ditador da Europa" pelos Estados Unidos, que está se arriscando a novas sanções se as eleições não se ajustarem às normas democráticas.

A situação no Oriente Médio, onde a UE está à espera de conhecer a formação e as intenções de um novo Governo palestino formado pelo grupo radical Hamas, vencedor das eleições de 25 de janeiro, também será discutida pelos ministros, segundo fontes da União Européia.

A UE, principal doador de ajuda aos palestinos, tem ameaçado cortar os recursos à ANP se o Hamas - incluído na lista de organizações terroristas da União Européia - não renunciar à violência e continuar sem reconhecer o Estado de Israel.

A comissária de Relações Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, deve liberar 64 milhões de euros à agência da ONU para a assistência aos refugiados palestinos (UNRWA) na segunda-feira para financiar intervenções em saúde e educação nos territórios palestinos.

Estes recursos fazem parte dos 120 milhões de euros em ajuda urgente aos palestinos aprovada no mês passado.

Outro tema a debater será a polêmica em torno do programa nuclear iraniano, que a comunidade internacional decidiu enviar ao Conselho de Segurança da ONU, diante do fracasso da diplomacia européia em convencer Teerã a suspender todas suas atividades de enriquecimento de urânio, suspeitas de serem utilizadas com fins militares.

Após a morte do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, no sábado passado, os ministros incentivarão aos sérvios a esquecer o passado, e lembrarão a Belgrado que seu futuro dentro da UE depende da detenção dos dois principais fugitivos do Tribunal Penal Internacional para a Ex-Iugoslávia (TPII), os servo-bósnios Radovan Karadzic e Ratko Mladic.

Karadzic e Mladic são considerados os principais responsáveis pelo massacre de 8.000 homens muçulmanos em Srebrenica (Bósnia), em 1995, e estão há mais de dez anos foragidos da Justiça.





Fonte: EFE

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