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Internacional
Sexta - 17 de Março de 2006 às 18:04

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O ex-presidente peruano e candidato presidencial Alan García declarou hoje que o apoio a seu rival Ollanta Humala pode ser um "salto no escuro" ou uma expressão da emoção popular, como são os "barras bravas" (torcedores organizados violentos) no âmbito esportivo.

"Mas também os barras bravas são emocionais e não se constrói nada com isso", declarou o ex-governante (1985-1990) em entrevista à Rádio Programas del Perú.

García, do Partido Aprista Peruano, tem 19% das intenções de voto, enquanto que Humala tem 26% e Lourdes Flores, 27%, segundo a última enquete da empresa Datum para as eleições do 9 de abril.

No entanto, Humala, do partido União pelo Peru, e García mantêm uma tendência crescente, ao contrário de Flores, da aliança União Nacional, que começou a cair nas últimas semanas.

O ex-governante repetiu que a conservadora Flores representa o continuísmo da direita, enquanto que Humala é um salto no escuro.

Nesse sentido, García rejeitou que vá cair no "leilão irresponsável, populista, demagógica e desesperado de último momento" de oferecer milhares de postos de trabalho ou milhões de dólares para a agricultura sem explicar como.

Flores ofereceu criar 650.000 postos de trabalho anualmente durante seu Governo, mas diversos analistas comentaram que uma oferta desse tipo significaria ter um crescimento econômico maior de 10% ao ano, o dobro do número atual.

Humala, por sua vez, prometeu injetar 5 bilhões de novos sóis (US$ 1,5 bilhão) no desenvolvimento da agricultura.

"Eu fui chefe de Estado, não sou um candidato desesperado", disse García, fazendo eco a recentes palavras de Humala contra Flores.





Fonte: EFE

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