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Politica Brasil
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 14:50
Por: Kleber Lima

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Outro dia o governo brasileiro fez divulgar com entusiasmo a notícia de que o governo norte-americano via no Brasil um dos exemplos na produção de energias alternativas, inclusive combustíveis, e tratou de associar o fato à memorável campanha pela implantação da Petrobrás, intitulada “O Petróleo é Nosso!”. De fato, uma boa notícia, que revitaliza o papel desta empresa como um exemplo bem-sucedido de empreendimento econômico estatal nacional.

Na seqüência, surge o movimento desencadeado pela prefeitura de Cuiabá para trazer para a Capital do Estado a fábrica de fertilizantes da gigante estatal, e não para Campo Grande, como inicialmente se pretendia.

Não entendo nada de uréia, tampouco de fertilizantes. Mas, aceito acriticamente os argumentos do prefeito Wilson Santos e dos seguimentos envolvidos na campanha, inclusive as entidades produtivas, de que tal fábrica deve estar aqui. Além dos 700 milhões de dólares na implantação da fábrica e dos 19 mil empregos diretos a ser gerados, defendem eles também sua repercussão para o agronegócio, já que somos campeões em muitos itens desta pauta.

E aplaudo a iniciativa do prefeito, ainda que, no final das contas, a fábrica não venha para cá. O que gostaria de destacar é a iniciativa mesma, que revela uma visão de Estadista, e não de mero Gerente, do prefeito da cidade.

Tive a oportunidade de provocar esse debate durante a última eleição, precisamente em julho de 2004. Dizia, na época, citando o pensador chileno Carlos Matus, que o estadista é alguém que tenha "capacidade para enxergar além dos caminhos e para superar época, um criador de caminhos; capacidade para inovar e aprender com a realidade; capacidade para examinar as regras do jogo social e reescrevê-las". Ou seja, para Matus, o Estadista é um grande líder, não só de pessoas, mas de seu tempo, de destinos.

Defendia também, inclusive para justificar meu voto ao então candidato Wilson Santos, que Cuiabá tinha a necessidade de um Estadista, e não de um simples gerente.

Porquanto, a presente campanha empunhada por Wilson Santos me alegra por dois motivos básicos: 1) Como cidadão cuiabano, porque Wilson Santos compreendeu que Cuiabá precisa buscar suas alternativas no terreno estratégico, e não apenas nas questões de ordem gerencial; e 2) como eleitor, porque tenho um bom motivo para não me arrepender do meu voto, embora continue sem saber nada de uréia e fertilizantes, e tenha críticas em outras áreas.

(*) KLEBER LIMA é jornalista, Consultor Político credenciado pela ABCOP (Associação Brasileira de Consultores Políticos) e Consultor de Comunicação da KGM SOLUÇÕES INSTITUCIONAIS.





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