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Nacional
Sexta - 10 de Fevereiro de 2006 às 11:00

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Brasília - O presidente da Brasil Telecom (BrT), Ricardo Knoepfelmacher, negou ontem que as 800 demissões anunciadas na semana passada de funcionários da empresa signifiquem um preparativo para a venda da operadora. "Não é para vender. Foi uma necessidade, para valorizar a empresa", disse, após participar de um seminário sobre políticas de telecomunicações. Também na semana passada, voltaram a circular no mercado informações de que o Citigroup e fundos de pensão, atuais controladores da BrT, teriam retomado as negociações com a Telecom Italia para vender a parte deles para a sócia italiana. "Estamos só conversando, como sempre. As conversas nunca foram interrompidas.

Agora, se está mais quente ou menos quente isso é muito relativo", respondeu o executivo sobre a possibilidade de essas negociações estarem mais avançadas. Knoepfelmacher assegurou que, por enquanto, não haverá mais demissões. "A Brasil Telecom é uma empresa extremamente eficiente, mas estava inchada. Nós tratamos o assunto com a decência e a justiça que a situação merecia. Tudo foi feito da melhor maneira possível, mas era uma necessidade, não era uma opção nossa fazer ou não fazer. Não tem a ver com vender, tem a ver com valorizar", afirmou.

A BrT, segundo ele, vai gastar neste ano R$ 300 milhões com a mudança na forma de calcular a duração das ligações locais da telefonia fixa, que passará de pulsos para minutos a partir de março. De um total de R$ 2 bilhões de investimentos previstos para 2006, R$ 600 milhões serão aplicados em ajustes para adequar a rede da empresa a exigências impostas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Ele afirmou ainda que, até julho, 98% dos telefones da Brasil Telecom terão cobrança em minutos. Nas localidades onde a mudança não for feita, a empresa não vai cobrar as ligações locais, só assinatura básica, interurbanos e chamadas para celular. O presidente da BrT revelou, no entanto, que a empresa está tendo dificuldade em encontrar fornecedores de equipamentos para fazer a mudança, que exige a troca das centrais que encaminham as chamadas telefônicas. "Como nos últimos anos não há mais investimentos em expansão de rede fixa no mundo inteiro, só há novas centrais sendo vendidas em países periféricos, como os da África", disse.





Fonte: Agência Estado

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