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Politica Brasil
Segunda - 30 de Janeiro de 2006 às 13:26

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“Estou esperando para saber quem serão os outros nomes que pretendem disputar as eleições para governador”, disse Frederico Campos, ex-governador de Mato Grosso entre 1979 e 1983, o primeiro governante após a divisão do Estado com a conseqüente criação de Mato Grosso do Sul e o último governador indicado pelos militares. Aos 79 anos, Frederico Campos, que também já foi prefeito de Cuiabá, disse não reconhecer, “pelo menos por enquanto”, um nome que reúna condições de enfrentar o governador Blairo Maggi no processo de reeleição. “Pelo que vejo só tem um nome na disputa”, esclarece Frederico, que prefere ser chamado de administrador e não de político. “A política já passou para mim, é para os mais novos como Blairo Maggi”, pondera.

Frederico Campos atribuiu a atual situação econômica de Mato Grosso aos esforços do governador e comparou o Estado a Mato Grosso do Sul que, quando foi criado em 1978, explodiu como sendo a esperança do Brasil, função hoje ocupada por Mato Grosso e que ainda vai estar depositada por muitos anos neste solo. “Não gosto de comparações, pois poderia parecer frívolo, mas a gestão empresarial que Blairo Maggi faz hoje eu fiz na década de 80 em Mato Grosso e os resultados estão aí para serem analisados, não de forma comparativa, mas sim de crescimento sustentado e de nova fronteira agrícola”, explicou o ex-governador de Mato Grosso.

Candidato do PFL derrotado nas eleições de 1986 contra Carlos Bezerra, do PMDB, Frederico Campos disse que o PFL blefou quando quis pressionar o governador Blairo Maggi e corre o risco agora de naufragar sozinho. “Primeiro não acredito que o senador Jonas Pinheiro seja candidato, segundo se for não há como comparar, pois o senador tem influência apenas entre os empresários do agronegócio. Acho que Maggi é mais influente e tem chances de arrebanhar o maior número de eleitores entre aqueles que dependem do agronegócio”.

“O momento político nos obriga a olhar para os empresários de uma maneira em geral, ou seja, Cuiabá e Mato Grosso explodiram por causa dos empresários, então é necessário se olhar de outra forma para este momento e compreender que Maggi está sendo governador no momento ideal, em que a população está saturada dos fatos e dos políticos”, disse Frederico Campos. O ex-governador lembrou que quando governador optou por investir em estradas e legalizações fundiárias. “Qual o empresário que viria para cá nos fins dos anos 70 e início dos 80 investir sem que a propriedade rural fosse sua? Por isso investimos nisto e hoje os resultados são os que todos conhecem”, disse.

Frederico Campos avaliou Blairo Maggi de forma diferente do ponto de vista político. “Ele (Maggi) olha de forma diferente dos políticos, pois enxerga para quem está faltando obras e ações sociais, mas sem perder a capacidade de tornar Mato Grosso cada vez economicamente mais forte e mais independente. Um estado forte e independente significa mais recursos, mais emprego e mais renda. Ele vê o Estado como um todo”, disse.





Fonte: Diário de Cuiabá

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