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Tecnologia
Segunda - 23 de Janeiro de 2006 às 17:06

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Brasília - Os detentores do padrão americano (ATSC) de televisão digital ainda tentarão convencer o governo brasileiro de que seu sistema pode atender aos requisitos exigidos pelo governo brasileiro para implantação da TV Digital no País.

O presidente do Fórum ATSC, Robert Graves, pretende encontrar-se, hoje e amanhã, com representantes dos Ministérios das Comunicações, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento e Casa Civil para tentar mostrar que o padrão norte-americano poderá, em curto prazo, oferecer a mobilidade na recepção dos sinais, que permitirá, por exemplo, o funcionamento de uma TV dentro de um ônibus.

A mobilidade é um dos requisitos exigidos pelo governo brasileiro, além da interatividade, que permitirá, por exemplo, a compra de produtos pela TV, e da possibilidade de transmitir imagens tanto em alta definição como em definição padrão, com qualidade um pouco inferior.

Integrantes do governo chegaram a descartar tecnicamente o padrão americano, argumentando que ele não pode fazer, hoje, a mobilidade. Portanto, continuariam no páreo os padrões europeu e japonês, com vantagem para este último que, inclusive, tem a preferência das emissoras de TV.

"Nós estamos tentando explicar que essa impressão de que a mobilidade está funcionando em outros sistemas não é verdade", afirmou Graves, ao fazer uma apresentação do padrão americano para a imprensa. "Estamos tentando convencer o governo de que mobilidade, apesar de ser importante, não é o mais importante. O pacote completo do ATSC é um pacote melhor", acrescentou.

Segundo Graves, o padrão americano poderá oferecer ao Brasil ganhos de economia de escala, uma vez que ele acredita que, se adotado no Brasil, toda a América do Sul acompanhará esta decisão, criando um mercado maior para o sistema, o que resultará em custo menor e produtos mais baratos.

Ele destacou, ainda, que o Brasil poderia, além de exportar equipamentos de TV Digital, como televisores e conversores de sinais digitais em analógicos, trabalhar em conjunto com a ATSC no desenvolvimento de ferramentas que permitam a mobilidade.

Graves disse que existem quatro empresas trabalhando para desenvolver a técnica da mobilidade, além da PUC do Rio Grande do Sul, com possibilidade de fazer demonstrações até junho deste ano. Entretanto, o governo brasileiro pretende decidir o assunto até o próximo mês.





Fonte: Agência Estado

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