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Politica Brasil
Segunda - 23 de Janeiro de 2006 às 16:40

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O papa Bento XVI disse hoje que em sua primeira encíclica apresenta os conceitos "Deus, Cristo e Amor" como "guias principais da fé cristã", além de ilustrar a "humanidade da fé" e o papel central da caridade na missão da Igreja Católica. Bento XVI revelou durante uma audiência com o Conselho Pontifício "Cor Unum" - organismo que coordena a ação das instituições católicas de todo o mundo - alguns dos temas da encíclica "Deus Caritas est" (Deus é amor), que será apresentada na quarta-feira, O papa alertou que a palavra amor está hoje tão "desgastada e consumida" que quase dá medo de pronunciá-la, mas não se pode deixar seja perdida porque é a "expressão da realidade primordial".

"A palavra amor tem de ser purificada e levada de novo a seu esplendor original, para que possa iluminar nossa vida e levar-nos pelo bom caminho", afirmou o papa.

Bento XVI disse que a consciência dessa necessidade de recuperar o verdadeiro significado da palavra amor é o que o levou a escolher esse tema em sua primeira Encíclica.

O amor de Deus "não é só uma força cósmica primordial" que movimenta o universo, mas o levou a "assumir um rosto humano", sua carne e seu sangue, lembrou.

Outro dos objetivos do papa era destacar o papel central da fé em Deus, que "não é uma teoria da qual alguém possa se apropriar ou deixar de lado".

A fé é "o critério que decide o estilo de vida" das pessoas, pois em um mundo em que "a hostilidade e a avidez se transformaram em superpotências" e em que se contempla "o abuso da religião até o ódio", o homem necessita de "um Deus vivo", que "o amou até a morte".

A primeira encíclica de Bento XVI une os temas de Deus, Cristo e o amor como "guias centrais da fé cristã", explicou em seu discurso.

A intenção do papa é mostrar "a humanidade da fé, de que o amor faz parte, e a aceitação do homem de sua corporeidade criada por Deus".

Essa aceitação da corporeidade encontra "no casamento indivisível entre um homem e uma mulher sua forma enraizada na criação", de modo que, depois, o amor se transforma em preocupação com o outro, disposição ao sacrifício e abertura ao dom de uma nova vida humana.





Fonte: EFE

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