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Internacional
Sábado - 21 de Janeiro de 2006 às 11:41

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O líder cubano, Fidel Castro, assegurou hoje que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, planeja romper o acordo migratório existente entre ambos os países e libertar o anticastrista Luis Posada Carriles, acusado de terrorismo por Cuba. "O presidente Bush não pôde negar ou dizer por onde entrou (Posada) e já está planejando colocá-lo em liberdade, mas não só isso, estão planejando romper o acordo migratório", disse Fidel Castro no programa da televisão cubana "mesa-redonda".

Cuba e EUA não têm relações diplomáticas desde 1961 e assinaram um único acordo migratório em mais de 40 anos de tensões, em 1994, depois que mais de 35.000 "balseiros" tentaram chegar à costa da Flórida em todo tipo de embarcação.

Esse acordo, ampliado em 1995, estabelece a entrega de um mínimo de 20.000 vistos anuais por parte dos EUA a cidadãos cubanos e a repatriação dos imigrantes ilegais cubanos interceptados no mar.

O presidente cubano, que repassou durante o programa os estudos realizados pelas autoridades da ilha para reformar o sistema elétrico do país, indicou que neste sábado falará sobre outros temas.

"Principalmente algo de suma importância: a idéia de pôr em liberdade Posada Carriles, que é a última invenção daquele cavalheiro (Bush), que ainda não disse por onde entrou", afirmou.

"Santiago Álvarez, todo o mundo preso e ninguém se atreve a dizer o contrário. Não se atrevem a dizer que não entrou com o Santrina (o navio em que supostamente entrou nos EUA) porque tudo isso compromete o príncipe número dois da dinastia, o governador (Jeb Bush, governador da Flórida), todos sabem como Posada Carriles entrou e por onde entrou", disse.

Álvarez é um dos benfeitores de Posada Carriles, detido atualmente no Texas e acusado por Cuba e Venezuela de planejar o atentado com explosivos contra um avião cubano em 1976 e de outros atos terroristas na ilha.



Além disso, Castro disse que tem que "analisar o que está acontecendo no Escritório de Interesses" dos Estados Unidos em Havana e "as barbaridades, as provocações, que estão fazendo".

A sede da representação americana na capital cubana começou esta semana a projetar em um painel eletrônico mensagens sobre direitos humanos e informações de atualidade para "romper o bloqueio informativo".

A iniciativa da Seção de Interesses pode abrir um novo capítulo na chamada "Guerra dos cartazes", que começou em 2004 quando a sede diplomática dos EUA instalou grandes cartazes que faziam alusão aos 75 dissidentes condenados em 2003.

Em resposta, a autoridades cubanas levantaram, sobre o Malecón havanês, um grande painel de denúncia contra a violação dos direitos humanos nas prisões do Iraque controladas por soldados americanos com imagens de presos iraquianos torturados acompanhadas de uma suástica e a legenda: "Fascistas Made in USA".





Fonte: EFE

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