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Nacional
Segunda - 16 de Janeiro de 2006 às 07:36

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O primeiro relatório da CPI dos Bingos vai solicitar na próxima quarta-feira ao Ministério Público Federal o indiciamento de 35 pessoas, incluindo o assessor do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), Ademirson Ariovaldo da Silva, acusado de tráfico de influência durante a renovação do contrato de R$ 650 milhões da Caixa Econômica Federal com a multinacional de loterias Gtech. Silva trocou diversos telefonemas na época com o advogado Rogério Buratti, também ameaçado de indiciamento, na época das negociações de renovação.

Em depoimento à CPI dos Bingos em novembro passado, Ademirson negou participação no suposto esquema da GTech.

Ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, Buratti é acusado de pedir propina à GTech e disse, durante depoimento à comissão parlamentar, que a empresa ofereceu R$ 16 milhões ao caixa dois do PT Ele ainda garantiu que Palocci foi informado da suposta oferta, mas a teria vetado - o ministro nega. A revelação sobre a possibilidade de indiciamento de Silva, Buratti e outros foi revelada ao jornal Folha de S.Paulo pelo relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Filho deixou claro que nenhuma acusação será feita contra Antonio Palocci.

O ex-assessor parlamentar da Casa Civil Waldomiro Diniz, considerado braço-direito de José Dirceu quando este comandava a pasta, também está na lista de possíveis indiciados, bem como Vladimir Poleto, que trabalhou com Palocci na prefeitura de Ribeirão. A CPI pedirá também a anulação do contrato da Caixa com a Getech.

De acordo com o jornal O Globo, entre os indiciados, que poderão responder a crimes como corrupção, formação de quadrilha, improbidade administrativa e prevaricação, também estão três ex-diretores da Caixa Econômica Federal - Danilo de Castro, Sérgio Cutolo e Emílio Carazzai, nomeados durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Integram a lista ainda os executivos da Gtech Antônio Carlos Lino Rocha e Marcelo Rovai.

Waldomiro e Buratti são acusados de terem tentado extorquir R$ 6 milhões dos diretores da Gtech a fim de facilitarem a renovação do contrato. Palocci e Dirceu, no entanto, deverão ser apenas citados no relatório, uma vez que não têm provas contra si. Em depoimento à CPI, Buratti declarou que Palocci foi informado da proposta e a recusou, pedindo ainda que o governo endurecesse a negociação. Palocci nega tudo.




Fonte: Terra

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