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Sexta - 13 de Janeiro de 2006 às 09:27

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Em dezembro, o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (Dae/VG) recebeu pelo número telefônico 3694-1616, o Disque-Dae, 1102 denúncias. A falta de água foi o maior motivo de reclamação: 938 chamadas foram feitas pelos moradores do município.

De acordo com o levantamento de dados dos meses anteriores, o número de denúncias aumentou, em média, três vezes. “Dezembro é um mês atípico.

As pessoas estão de férias, ficam mais em casa, usam mais água, recebem parentes e amigos, o calor aumenta... Então, se gasta muito mais água neste período”, explicou Laudo Rodrigues, assessor e engenheiro do Dae.

A primeira proposta a ser colocada em prática foi a limpeza dos 69 poços de captação de água do município. A ação está garantindo maior fluxo de água (os canos são limpos, aumentando o espaço de fluxo da água) e aumento na qualidade do produto.

Para realizar esse serviço, o Dae montou uma equipe com um caminhão modelo F4000, uma torre de elevação com capacidade para 5 toneladas, um motor redutor, compressor com injeção de ar para tirar água e cabo medidor de nível. Todos os postos de atendimento estão recebendo bomba de água a uma profundidade de 90m e 34 poços serão recuperados, voltando a funcionar plenamente.

Outra ação traçada para amenizar a falta de água é a disposição de cinco carros-pipa para atender a população.

“Quem estiver com falta d’água em casa é só ligar para 3694-1616 que um caminhão-pipa vai fazer o atendimento. Pedimos à população que tenha paciência e que não pague água, pois na medida do possível, vamos atender a todos as solicitações”, explicou o Gerente Comercial da Central, Licínio Evaristo Gomes da Silva.

Para Rodrigues, a solução para o fornecimento de água em Várzea Grande seria a construção de um anel de distribuição, ou seja, uma rede em cada comunidade que alcançaria todo o bairro com mesma pressão. “A rede de abastecimento foi sendo emendada para atender a uma população que crescia desordenadamente. Com o tempo, a quantidade de água diminuiu nos canos e a pressão caiu, não tendo força para fazer chegar água até as casas”, finalizou.

O presidente da instituição pede a população dos bairros afetados com a falta de água que economize. “Pedimos aos moradores que evitem o uso supérfluo da água e usem apenas para o consumo essencial. Quando o reservatório da sua casa encher, desligue a torneira do registro. Assim, ninguém ficará sem água até os serviços ficarem normalizados”, explica Gomes.

A solução para os problemas estruturais do Dae pode estar em um investimento de R$ 27 milhões provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A administração municipal tem conhecimento que a situação do Dae é crítica e sabe também que esses investimentos ainda não serão suficientes para resolver totalmente os problemas. Mas, que fique bem claro, o Dae é prioridade na minha administração", garantiu o prefeito Murilo Domingos.





Fonte: Diário de Cuiabá

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