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Internacional
Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 23:15

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Damasco - O presidente da Síria, Bashar Assad, não se reunirá com a equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pela investigação do atentado que resultou na morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri e de mais 20 pessoas, informou em Damasco um de seus ministros.

Apesar disso, o ministro de Informação da Síria, Mahdi Dakhl-Allah, comentou que o governo de seu país não descarta totalmente a possibilidade de um encontro entre Assad e os investigadores da ONU. "Existe uma diferença entre interrogatório e audiência. O presidente recebe visitantes da Síria e de fora", comentou o ministro.

Mais cedo, ao ser questionado sobre se a Síria rejeitaria uma encontro presidencial com a equipe da ONU durante entrevista a uma rádio egípcia, Dakhl-Allah declarou: "Certamente, pois a questão está relacionada com a soberania da Síria". Apesar disso, o ministro assegurou que a Síria continuará cooperando com as investigações sobre a morte de Hariri, um episódio que precipitou a retirada de tropas sírias, depois de quase três décadas de presença militar, no Líbano.

Um relatório preliminar, divulgado no fim de 2005, sugeria que o atentado que resultou na morte de Hariri não poderia ter acontecido sem o conhecimento de autoridades sírias. Entretanto, o documento não apresenta provas para corroborar a suspeita. No mês passado, a equipe de investigadores da ONU requisitou formalmente uma entrevista com Assad, seu chanceler, Farouq al-Shara, e outros funcionários.

O Conselho de Segurança da ONU ameaça punir a Síria caso o país não coopere totalmente com os investigadores da entidade. Em dezembro último, o Conselho aprovou uma resolução na qual endossou a prorrogação por seis meses do trabalho dos investigadores e renovou seu pedido para que o governo sírio coopere plenamente com a equipe responsável pelo inquérito.




Fonte: AP

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