Sem teto e prefeitura discutem ordem de despejo na grande São Paulo

A situação de cerca de 900 famílias que ocupam um terreno na grande São Paulo está sendo discutida neste momento. Em uma reunião, representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Prefeitura de Taboão da Serra estão buscando saídas para a decisão da Justiça, que determinou ontem (11) urgência na reintegração de posse da área. Desde 30 de setembro do ano passado, as famílias estão no terreno, que batizaram de Ocupação Chico Mendes - em homenagem ao líder dos seringueiros, assassinado no Acre. Em 10 de outubro de 2005, a justiça concedeu uma liminar de despejo decretando a reintegração de posse ao proprietário. Mas, as famílias permaneceram no local.

Segundo um dos coordenadores do MTST, Silvério de Jesus, após a decisão da justiça, a coordenação fez uma assembléia com as famílias e decidiram ir até a prefeitura para buscar uma alternativa ao problema. "Nós fizemos uma assembléia com o povo e marcamos a nossa forma de luta que é a saída pacífica e buscar nos órgãos competentes a resposta", disse.

Silvério contou também que a secretária de habitação do município, Ângela Amaral, se comprometeu a visitar o acampamento e fazer uma assembléia geral com as famílias. "Ela disse que não haveria despejo hoje e viria aqui para conversar. Ela deve vir com as propostas dela, a gente tem que ouvir", disse.

"Reivindicamos a desapropriação dessa área até porque já tem o compromisso com o governo das casas, das famílias serem assentadas", acrescentou o coordenador. "Se não houver jeito da compra do terreno que faça o dever da prefeitura que é um galpão para colocar as famílias que não tem para onde ir".