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Internacional
Sexta - 06 de Janeiro de 2006 às 23:48

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A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, declarou na quinta-feira que a retomada de pesquisa atômica pelo Irã sinaliza uma rejeição à solução diplomática para a crise nuclear, mas interrompeu seu discurso quando estava prestes a dizer que a medida faria os EUA pressionarem por uma ação do Conselho de Segurança da ONU.

Rice afirmou esperar que "a diplomacia não tenha se exaurido", mas disse estar "ficando claro" que os iranianos não aceitam um compromisso diplomático restringindo suas ambições nucleares.

Na quinta-feira, o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que o Irã retomará as pesquisas de combustíveis atômicos na próxima semana, apesar das advertências do Ocidente de que isso colocaria em risco os esforços por um acordo diplomático.

Segundo ela, se o Irã continuar a pesquisa nuclear "será realmente um sinal de que não estão preparados... para fazer a diplomacia funcionar".

Rice recusou-se a divulgar um calendário para ações mais duras, mas afirmou que Washington levará o caso para o Conselho de Segurança na "hora em que acharmos conveniente".

Falando sob a condição de anonimato, outra autoridade norte-americana envolvida na questão da não-proliferação atômica, disse à Reuters que, se o Irã não voltar atrás, os EUA e seus aliados europeus convocarão uma reunião da diretoria da Agência Internacional de Energia Atômica e pressionarão para que o caso seja levado ao Conselho de Segurança, onde podem ser impostas amplas sanções internacionais.

A diretoria da AIEA deve se reunir em março, mas o encontro pode ser antecipado, talvez para fevereiro.

Durante dois anos, Washington ameaçou levar o caso do Irã para o Conselho de Segurança, mas não o fez tentando outras estratégias e devido à falta de apoio da Rússia.

"Sempre dissemos que quando ficasse claro que todas as negociações falhassem e tivéssemos os votos, nós votaríamos", disse Rice.

O Irã afirma precisar da tecnologia nuclear para gerar energia, e nega que esteja construindo armas nucleares.




Fonte: EFE

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