Xangai planeja fechar mercado de produtos piratas

O Governo municipal de Xangai fechará o mercado de falsificações de Xiangyang, um dos pontos mais conhecidos e visitados pelos turistas e visitantes estrangeiros, informou hoje o jornal oficial Shangai Daily. "Não é uma questão de para onde vamos levá-lo, vamos fechá-lo", sentenciou o vice-prefeito Zhou Taitong. Ontem os advogados de cinco marcas de luxo (Prada, Gucci, Louis Vuitton, Burberry e Chanel) obtiveram a confirmação da sentença de um tribunal de Pequim. Com a decisão, o famoso Mercado da Seda deve indenizá-los em US$ 13 mil por piratear seus produtos.

No mesmo empenho de mostrar o compromisso das autoridades contra a pirataria, o Mercado da Moda e os Presentes da Estrada de Xiangyang serão fechados, embora ainda não haja data prevista.

A empresa que administra o mercado e aluga, a cada doze meses, as bancas aos comerciantes será autorizada a abrir outro mercado em outro lugar, mas terá de trabalhar com o Governo para evitar a venda de cópias, de acordo com o escritório municipal de Comércio e Indústria. Os contratos atuais acabam em maio.

"Este foi um mercado provisório desde que se estabeleceu, e tanto os vendedores como nós estamos preparados para um fechamento", declarou o gerente do mercado, Zhu Liankou. O administrador ainda não recebeu qualquer aviso, mas imagina que a decisão será aplicada este ano.

Em Xiangyang há mais de 800 pontos de venda, que pagam mais de 50 milhões de iuanes anuais de aluguel (US$ 6,19 milhões). Em 2005, 1.277 casos de violações de marcas registradas foram identificados em Xangai. Mais de 1,6 milhão de produtos piratas, de roupas e acessórios a relógios e filmes em DVD, foram apreendidos em diferentes mercados da cidade, entre eles o Xiangyang.