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Internacional
Quarta - 21 de Dezembro de 2005 às 17:25

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O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lamentou hoje, como um dos fracassos de seu segundo mandato, que a organização não tenha conseguido evitar a guerra no Iraque, liderada pelos Estados Unidos.

Annan expressou sua decepção na entrevista coletiva habitual de fim de ano, na qual fez um balanço do ano e falou sobre os desafios de 2006.

"Olhando para trás nos últimos anos, gostaria de ver a guerra no Iraque sendo evitada. Devo dizer que isso é algo que me preocupa, pois, como organização, foi uma coisa que não conseguimos fazer", disse Annan.

Após avaliar a atual situação no país árabe, o diplomata ressaltou que as eleições parlamentares de 15 de dezembro foram importantes, mas que são apenas "o princípio, e não o fim, de um processo".

Annan disse que é prioritário para o Iraque agora conseguir "a reconciliação de todos os grupos" e que haja um processo político inclusivo, baseado no diálogo e que permita superar o fosso entre os setores laicos e religiosos.

Neste momento, acresentou, o primeiro passo é "o estabelecimento de um Governo e o início da renovação do processo constitucional, que permita a participação de todos os setores, algo que não aconteceu até agora".

Annan disse ainda que, além do Iraque, o foco de atenção da ONU em 2006 será toda a região do Oriente Médio, o que inclui o Líbano e o conflito entre palestinos e israelenses.

No caso do Líbano, comentou que em breve vai nomear um chefe para a comissão da ONU que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, em substituição ao promotor alemão Detlev Mehlis, que anunciou este mês que abandonará o posto.

A respeito do conflito entre palestinos e israelenses, o secretário-geral defendeu a participação de países como Egito, Jordânia e Arábia Saudita nas reuniões do Quarteto de Madri, grupo que promove a paz na região e é integrado por ONU, Estados Unidos, Rússia e União Européia.

Annan destacou que os citados países da região tiveram "um papel importante" na melhora da situação no Oriente Médio, de modo que deveriam ter "espaço para contribuírem nas discussões".




Fonte: EFE

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