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Internacional
Terça - 20 de Dezembro de 2005 às 12:55

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, disse hoje que é um "erro" pensar que a opinião pública britânica é "totalmente hostil" à Europa, e afirmou que no fundo os britânicos entendem que "não é razoável para o Reino Unido separar-se da Europa nesta era".

"Continuo lutando por uma visão razoável da Europa", disse Blair, ao defender diante do Parlamento Europeu, em Bruxelas, o acordo orçamentário alcançado no fim de semana passado para o período 2007-2013 na União Européia (UE).

O primeiro-ministro do Reino Unido também acusou a imprensa de seu país de "parcialidade", ao apresentar o acordo orçamentário como uma rendição da Grã-Bretanha e afirmar que este país será o único a pagar a fatura da última ampliação da UE.

Segundo os dados do último Eurobarômetro publicados hoje, só 34% dos britânicos apóiam a presença de seu país na UE, dois pontos a menos que em março passado.

"Em algum momento seria conveniente que houvesse no Reino Unido um debate racional sobre a Europa", disse Blair, e considerou "absurdas" as declarações de alguns parlamentares britânicos de que defendem tirar o país da UE, "o maior mercado e a maior união política do mundo".

"Teria sido mais fácil para mim fazer fracassar o acordo financeiro, mas acho que os interesses do Reino Unido teriam sofrido por este fracasso", disse Blair, lembrando que sua tarefa consiste em exercer a liderança política, mesmo se for contra a corrente.

Blair lembrou que, quando chegou ao poder há oito anos, o Reino Unido estava em plena crise da "vaca louca", "completamente isolada, sem um só parceiro e nenhuma influência" dentro da UE.

"Nestes últimos oito anos, em cada um dos temas importantes na Europa nem sempre estivemos de acordo, mas estivemos na primeira linha do debate", disse.

Segundo Blair, se o Reino Unido tivesse decidido não contribuir para a ampliação da UE após ter liderado durante anos a entrada de novos membros, a situação do país dentro da UE seria hoje "insustentável".





Fonte: EFE

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