Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 05 de Dezembro de 2005 às 13:37
Por: Cláudio Bernardo

    Imprimir


A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos ouve nesta terça-feira (6), a partir das 10h30, a jornalista Mara Gabrilli, que teria detalhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março de 2003, todo o esquema de corrupção na cidade de Santo André (SP). Mara teria contado ao presidente que as irregularidades não cessaram mesmo após o assassinato do ex-prefeito petista Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002.

Mara é irmã da empresária Rosângela Gabrilli, uma das donas da Expresso Guarará, empresa de transporte coletivo com sede em Santo André. Em recente depoimento à CPI dos Bingos, Rosângela contou que, dois meses após a posse de Lula da Silva na Presidência da República, sua irmã manteve conversa com o presidente no apartamento deste, em São Bernardo do Campo (SP). Ao tomar conhecimento das denúncias, segundo Rosângela, Lula garantiu a Mara que iria mandar apurar com rigor as denúncias. No entanto, de acordo com as irmãs Gabrilli, as averiguações não decolaram. A família, segundo elas, não recebeu resposta alguma sobre a promessa presidencial.

A secretaria da CPI dos Bingos informa que a agenda para esta quarta-feira (7) ainda não está fechada. Deve depor o empresário Roberto Colnaghi ou o também empresário Roberto Carlos Kurzweil. Para esta quinta-feira (8), não há previsão de depoimentos.

Roberto Colnaghi, de acordo com matéria publicada pela revista Veja, teria emprestado o avião Seneca para o transporte, de Brasília a São Paulo, em caixas de uísque, dos supostos dólares oriundos do governo de Cuba. O dinheiro seria usado nas campanhas dos candidatos do Partido dos Trabalhadores, incluindo a de Lula. O empresário chegou a admitir que no dia 31 de julho de 2002 emprestou o avião a pessoas ligadas ao PT. Mas disse que não sabia para qual finalidade o avião foi usado.

Roberto Carlos Kurzweil também foi citado pela revista Veja como sendo o responsável pelo empréstimo de um carro blindado para que o dinheiro fosse transportado de Campinas a São Paulo. Ambos os empresários, que têm negócios em Angola, também foram acusados de terem sido favorecidos com linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em seus negócios no país africano.




Fonte: Agência Senado

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/331653/visualizar/