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Internacional
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 19:10

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O Governo do México disse hoje que não acha que Cuba esteja por trás da postura da Venezuela de se negar a se desculpar pelas recentes declarações do presidente Hugo Chávez, que chamou seu colega mexicano, Vicente Fox, de "filhote do império".

O porta-voz presidencial mexicano, Rubén Aguilar, assinalou em entrevista coletiva que "não tem a impressão" de que Havana tenha influído na postura venezuelana.

"Não tenho essa impressão, mas, em todo caso, seria preciso perguntar aos venezuelanos", enfatizou Aguilar, ao responder sobre se achava que o Governo de Cuba estava por trás da negativa de Caracas a desculpar-se ao México.

Aguilar assinalou que "há uma relação muito intensa entre os dois chanceleres para encontrar uma solução para este conflito, sempre nas condições que o México solicitou".

O Governo do presidente Vicente Fox exige uma desculpa de Caracas depois que Hugo Chávez o definiu como "filhote do império" e "entreguista aos EUA" por sua contundente defesa da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

Chávez, por sua vez, diz ter sido insultado por Fox na Cúpula das Américas de Mar del Plata, na qual o presidente venezuelano expressou sua oposição à Alca, junto com os países do Mercosul.

Por causa dessa controvérsia, os dois Governos retiraram seus embaixadores no último dia 14 e deixaram as relações diplomáticas ao nível de encarregados de negócios.

Caracas assinalou ontem que "definitivamente" não haverá desculpa e pediu ao México que "espere sentado" essa retratação. "Dissemos que há muitas formas de se desculpar e esperamos uma desculpa da Venezuela para restabelecer a relação em nível dos embaixadores", disse hoje Aguilar.

Ele acrescentou que seu Governo não quer "romper as relações com nenhum país" e que os chanceleres de México e Venezuela mantêm um "intenso contato para solucionar a divergência, o que esperamos que possa ocorrer nas próximas semanas".

O porta-voz de Fox disse que as relações institucionais com a Venezuela se mantêm inalteradas e que prova disso é a entrada em vigor ontem de um tratado de extradição bilateral.





Fonte: EFE

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