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Politica Brasil
Terça - 15 de Novembro de 2005 às 13:58
Por: Gleid Moreira

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Apesar de ser um marco histórico na construção da política brasileira, poucos estudantes se interessam em saber ou mesmo comentar sobre a Proclamação da República, que comemora hoje, 15 de novembro, 116 anos. Saber do passado, para muitos alunos, não tem a menor importância, pois o interessante é o “novo”, é a evolução, principalmente no que diz respeito à tecnologia.

No entanto, muito importante para os pré-vestibulandos e para quem vai passar por algum concurso público, as datas históricas são extremamente importantes, segundo o professor de história e mestre em educação infantil Sílvio Fidélis. “O 15 de novembro é um marco histórico e deve ser lembrado tanto no contexto familiar, quanto na igreja e escola”, enfatizou Fidélis.

Conforme o professor, o atual sistema educacional vem incorrendo em algumas falhas e precisa ser melhorado. Destaca a importância que o antigo sistema dava às datas comemorativas, com disciplinas específicas que foram retiradas da grade curricular, como a Educação Moral e Cívica, por exemplo.

Fidélis enfatiza ainda a importância dos momentos cívicos nas escolas, pois hoje são raros os alunos que conhecem os hinos existentes no país. “Essa preocupação nos mostra a necessidade de repensar a metodologia que possibilita a integração aos avanços tecnológicos, sem perder os marcos históricos, pois eles complementam a nossa formação”, destacou.

Para o professor Célio Marcos Pedraça, mestrando em história na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Proclamação da República, “que marca a passagem do período monárquico para o republicano, representou uma mudança política no país, mas de maneira alguma teve a participação popular. É evidente que de 1889 para cá, muitas mudanças ocorreram, mas de uma forma geral, o povo, infelizmente, continua numa situação que não é tão diferente de quando houve a proclamação. Tendo em vista que, desde quando foi proclamada a República tivemos o revezamento de grupos oligárquicos no poder, e somente recentemente com a eleição do presidente Lula tivemos ascensão de alguém que veio da classe trabalhadora, mas que infelizmente também não vem apresentando as tão sonhadas mudanças que o povo tanto esperou, principalmente as de ordem social”, enfatizou.

Nova forma de governo era anseio do povo

No final da década de 1880 a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessária a implantação de uma nova forma de governo que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.

A crise do sistema monárquico brasileiro é explicada por meio das questões: Interferência de d. Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica; críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra.

A classe média, que era composta por funcionários públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas e comerciantes, estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império; falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do oeste paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico.

Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo se encontravam enfraquecidos e frágeis. Doente, d. Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.



Por fim, no dia 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil, instalando um governo provisório. Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, d. Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o país passou a ser governado por um presidente escolhido pelo povo, por meio das eleições. (Fonte: Site www.suapesquisa/historia dobrasil)

Datas cívicas precisam ser resgatadas

Para a diretora Ângela Maria Garcia, da Escola Estadual Padre Esnesto Camilo, localizada no bairro Campo Velho, as instituições educacionais precisam resgatar as datas cívicas, por meio de atividades que possam estimular o estudante a reconhecer os valores que antes eram repassados até mesmo pela família e hoje estão sendo esquecidos.

Enfatiza a carência dos alunos da rede pública, que segundo ela, não têm muitos recursos para pesquisas, principalmente no colégio em que é diretora, pois conforme relatou, a instituição foi contemplada em maio, pelo Estado, com a alguns computadores, mas até hoje os aparelhos não chegaram à instituição.

Com a proclamação da República no país, o novo regime buscava a sua afirmação política. Um dos primeiros atos referiu-se à bandeira, e foi feita uma, que era uma cópia da bandeira americana, só que em verde e amarelo. Foi repudiada pelo povo e pelos próprios republicanos, durou apenas quatro dias, e foi substituída pela atual




Fonte: Folha do Estado

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