Para Pagot, ruptura é indiferente

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, trata com indiferença a decisão do PT de romper com o governo Blairo Maggi (PPS).

Afirma também que a pré-candidautra petista da senadora Serys Marly não preocupa o Executivo na disputa pela reeleição.

Pagot alega que a bancada do PT na Assembléia Legislativa nunca foi considerada parte da base de apoio. Cita que a deputada Vera Araújo mantém desde 2003 oposição sistemática ao governo. Já o deputado Ságuas, segundo Pagot, votaria com o Executivo somente nas matérias de interesse próprio.

Em relação à pré-candidatura de Serys, Pagot avalia que a eleição do ano que vem será difícil e a petista deverá ser apenas mais uma concorrente. Argumenta também que a eventual disputa com a petista já era esperada. "O PT nunca foi aliado. A Vera Araújo sempre foi oposição e o Ságuas vota no que acha melhor para a base dele. Já a Serys, sempre se colocou como candidata desde que assumiu o cargo. Por isso, digo que isso não preocupa", avalia Pagot, ao ressaltar que "a eleição do ano que vem será difícil para todos e por isso é necessário respeitar os adversários".

Para Pagot, o rompimento do PT e a candidatura de Serys também não deverão prejudicar o relacionamento do Estado com o governo federal. O secretário-chefe da Casa Civil e um dos principais assessores de Maggi argumenta que, em comparação a outros Estados, Mato Grosso já é preterido através de repasses financeiros da União. "Quem não quer assinar mais convênios com nós é o governo Lula. Apesar de nenhum Estado apresentar melhores propostas que a gente, eles só não deixam de fazer parcerias porque isso seria um vexame", completou Pagot.

Encontro - O rompimento com Maggi foi decidido durante encontro do PT realizado no último sábado, quando o partido também empossou a senadora Serys Marly como presidente estadual da legenda. Ela substituirá por três anos Alexandre Cesar.