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Cultura
Segunda - 14 de Novembro de 2005 às 10:16

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Em julho de 2004, eles lamentavam porque tudo o que planejavam para o ano seguinte estava associado a um projeto que foi aprovado com corte de mais de 70% pela Lei Semear. Refaziam cálculos, redesenhavam sonhos, mas nunca imaginaram que 2005 seria o ano em que o nome da In Bust Teatro com Bonecos seria conhecido nos quatro cantos do Pará e do Brasil. Nenhum grupo de teatro paraense fez tantas temporadas fora dos palcos locais quanto eles, este ano.

Foi só começar 2005 e eles caíram na estrada. Até março foram 14 dias com mais de 50 horas de viagem de barco e cinco cidades visitadas, tudo graças à Caravana Funarte de Circulação Teatral. Quando chegou a Belém, o grupo nem tirou os bonecos das malas porque já emendou no projeto Palco Giratório, promovido pelo Sesc, apresentando os espetáculos “Pássaro Junino Garça Dourada” e “Curupira” por todo o Brasil. Eles participaram, em maio, da Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro, entre junho e julho estiveram em Mossoró e Natal (Rio Grande do Norte), Recife, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde e Petrolina (Pernambuco), Feira de Santana e Salvador (Bahia), Brasília, Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Cuiabá, Rondonópolis, Barra de Bugres e Poconé (Mato Grosso), Manaus (Amazonas), Boa Vista (Roraima), Macapá e Mazagão (Amapá). Em agosto foi a vez de Paranavaí (Paraná), em setembro foram para Florianópolis e Lages (Santa Catarina), e a mais recente viagem foi em outubro, para o Ceará, onde participaram da “Mostra Brasil/Fortaleza”. Quando estiveram em Brasília e Florianópolis, o grupo integrou a etapa nacional do projeto, reunindo na mesma mostra grupos de todo o Brasil.

Quem ficou cansado só de ler todo este roteiro de viagem não imagina a maratona enfrentada por Adriana Cruz, Aline Chaves, Aníbal Pacha, André Mardock, Ester Sá e Paulo Ricardo Nascimento. Ao todo, foram 31 apresentações dos dois espetáculos, com direito a bate-papo com todas as platéias, sem contar com a realização de cinco oficinas de teatro com bonecos, envolvendo a confecção, a manipulação e a criação de cena, com atores e bonequeiros de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Paraná. Eles dizem que também “tiveram momentos preciosos de troca de experiências” com os grupos de teatro de bonecos Mão Molenga, de Recife, A Roda, de Salvador, e com o mamulengueiro Seba, de Caruaru, desenvolvendo oito horas de trabalho com cada um deles.

Só que, quando em solo paraense, quem disse que eles descansam? É com o projeto “Bonecos na Estrada” que eles realizam o grande sonho do grupo, de levar a magia do teatro de bonecos para o resto do Estado. Espetáculos como “A Peleja da Princesa Mariana e seu Pássaro Garça Dourada, contra a terrível Rainha Valéria de Marambaia e a Feiticeira do Mal”, “Fio de Pão e a Lenda da Cobra Norato” e “Bonecos em Cortejo” já foram mostrados em 19 municípios, como Augusto Correa, Bragança, Ourém, Algodoal, Santarém, Óbidos, Oriximiná, Parauapebas, São Caetanos de Odivelas, Vigia, Breves, Cametá, Abaetetuba e Apeú. “É muito legal mesmo, porque sempre quisemos ir pelo rio, chegando a cidades onde o acesso por carro ou avião é quase impossível”, destacou Paulo Ricardo no chegada de uma das inúmeras viagens. Que eles continuem indo, pelas estradas ou rios, levando o bom teatro paraense por aí afora.





Fonte: ORM

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