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Internacional
Terça - 31 de Maio de 2005 às 23:50

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O presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, anunciou nesta terça-feira que deportará Abu Faraj al-Libbi, suposto chefe da organização terrorista islâmica Al Qaeda no país e braço direito de Osama bin Laden, por quem os Estados Unidos oferecem uma recompensa de cinco milhões de dólares.

Em entrevista concedida à rede de televisão americana CNN, Musharraf disse que Al Libbi será deportado, mas não informou a data exata de sua entrega às autoridades americanas.

O presidente paquistanês acrescentou que, durante os interrogatórios, o suposto dirigente da organização terrorista não deu informações úteis sobre o paradeiro de Bin Laden.

Al Libbi, de nacionalidade líbia e considerado o "número três" na hierarquia da Al Qaeda, além de um dos principais lugar-tenentes de Bin Laden, foi detido junto a outros cinco supostos terroristas pelas autoridades paquistanesas no início do mês no norte do Waziristão, muito perto da fronteira com o Afeganistão.

Desde sua detenção, mais de duas dúzias de supostos terroristas da Al Qaeda foram presos no país.

Com a detenção de Al Libbi, muitos acharam que ele daria pistas sobre o paradeiro de Bin Laden, um dos terroristas mais procurados do mundo e que os Estados Unidos apontam como culpado pelos atentados contra Washington e Nova York em setembro de 2001. Os americanos oferecem uma recompensa de 25 milhões de dólares por ele.

O Paquistão acusa Al Libbi de ter planejado e comandado os dois atentados contra Musharraf em 14 e 25 de dezembro de 2003, que tiveram como saldo 17 mortos e 50 feridos.

Há mais de três anos, o Paquistão é um dos principais aliados dos EUA na luta contra o terrorismo internacional. Desde então, as autoridades de Islamabad entregaram à administração americana mais de 700 supostos terroristas da Al Qaeda, a maioria deles levada à base americana de Guantánamo.

No último mês de junho, o presidente dos EUA, George W. Bush, declarou o Paquistão "aliado preferencial fora da Otan", em reconhecimento à cooperação do regime de Musharraf na luta de Washington contra o terrorismo.





Fonte: EFE

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