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Saúde
Terça - 31 de Maio de 2005 às 17:08

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Os médicos de Mato Grosso decidem no dia 13 de junho, próxima assembléia da categoria, se suspendem novamente o atendimento aos usuários dos 14 planos de saúde que compõem o Grupo Unidas. A decisão foi tomada ontem, 30, durante assembléia geral na sede do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).

Apesar de estar negociando com a Comissão Estadual de Honorários Médicos, a Unidas está desrespeitando o movimento e encaminhando aos médicos associados que fazem parte da sua rede de atendimento contratos isolados de prestação de serviço com cláusulas proibindo a paralisação do atendimento. “ É uma maneira de pressionar o profissional e desmobilizar a categoria”, afirmou o presidente do CRM-MT e coordenador da CEHM, Alberto Carvalho de Almeida.

“Nós tivemos acesso ao contrato através de um colega, que fez questão de nos mostrar que o Grupo Unidas está sendo antiético, aliás, acredito que na verdade ele esteja protelando a situação para ganhar tempo”, frisou o coordenador, destacando que considera um absurdo esse tipo de procedimento.

Outro agravante foi a informação de que a maioria dos planos que fazem parte da Unidas está com o pagamento atrasado desde janeiro. De acordo com informações da Comissão de Honorários, os planos Sesi Vida, Cassi e Geap têm o maior número de queixas. “O que se encontra em pior situação é o Sesi Vida, que por fazer o gerenciamento e atendimento do plano do governo do Estado, o MT Saúde, pode provocar sérios problemas para os usuários com a suspensão do atendimento”, informou Alberto Almeida. Implantado há cerca de um ano, o MT Saúde tirou só da Unimed Cuiabá cerca de seis mil clientes, conforme dados da diretoria da cooperativa. O plano abrange uma média de 35 mil servidores públicos estaduais.

Segundo a diretora do Sindimed e primeira-secretária da CEHM, Maria Cristina Pacheco da Costa, a categoria foi precipitada em retomar o atendimento em dezembro do ano passado com a Unidas. Ela acredita que a partir daí a negociação para a implantação da CBHPM praticamente parou. “Estamos negociando com a Unidas desde outubro de 2004, nesse período estamos operando sem contrato”, afirmou a médica.

Para Alberto Almeida, os planos estão complicando a negociação com a intenção de desestimular os médicos e impedir a implantação da CBHPM”.





Fonte: Pau e Prosa

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