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Agronegócios
Sexta - 27 de Maio de 2005 às 10:07
Por: Sandra Hahn

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Porto Alegre, 25 - Para compensar a quebra da safra gaúcha e evitar a ociosidade de sua infra-estrutura, a superintendência do porto de Rio Grande (RS) quer negociar com operadores logísticos uma redução de custos que permita atrair embarques de soja de outros Estados - como Paraná e Mato Grosso do Sul - para o complexo gaúcho. Além disso, há interesse em ampliar o escoamento da soja do Paraguai, que já utiliza o porto de Rio Grande, observou o superintendente do complexo, Vidal Áureo Mendonça.

Para isso, ele fará reuniões com operadores na próxima semana. Ainda não há uma definição dos descontos que poderão ser aplicados, disse Mendonça. O porto gaúcho já sentiu o efeito da quebra de safra nos primeiros quatro meses do ano. No ano passado, o porto embarcou mais de 6 milhões de toneladas de granéis agrícolas. Nos quatro primeiros meses de 2005, o movimento de granéis atingiu apenas 1,1 milhão de toneladas, uma queda de 59% em comparação com igual período do ano passado.

O porto possui capacidade de armazenagem estática de 1,6 milhão de toneladas e de expedição de 180 mil toneladas/dia de granéis. A seu favor, o complexo gaúcho conta com a avaliação positiva do Centro de Estudos de Logística (CEL) do Instituto Coppead, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que o considerou o mais eficiente do País.

O aumento na movimentação de soja do Paraguai depende diretamente da capacidade da América Latina Logística (ALL), que escoa o grão por sua malha ferroviária até o terminal de Rio Grande. Por isso, Mendonça também vai conversar com a operadora para avaliar o interesse e a disponibilidade em aumentar o volume transportado. "Hoje contamos com uma grande estrutura que está sendo pouco utilizada, enquanto vemos outros portos do Brasil com diversos problemas pela grande concentração de granéis", comentou. "Em cada dia de atraso no embarque da carga no navio o exportador paga uma multa de 36 mil dólares, o que hoje é muito comum nos portos que se encontram com problemas e sobrecarga de movimentação", acrescentou ele.





Fonte: Agência Estado

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