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Saúde
Quinta - 26 de Maio de 2005 às 08:58

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Os promotores de uma vacina contra a aids receberam um balde de água fria ao ficar provado pela primeira vez que as estratégias usadas até agora são contraproducentes porque ativam as infecções em vez de impedi-las.

"É um processo dramático que fomos os primeiros a verificar", disse hoje Manfred Dierich do Instituto de Higiene da Universidade de Innsbruck, por ocasião das Jornadas dos Médicos Austríacos que acontecem atualmente em Grado, na Itália.

Até agora, vários grupos de cientistas tentavam promover a imunização através de partículas superficiais do vírus HIV, principalmente as glicoproteínas 41 e 120, para que o organismo possa criar anticorpos e neutralizar as forças de infecção.

No entanto, os anticorpos obtidos dessa forma não têm efeito de proteção, mas são contraproducentes, e os cientistas de Innsbruck pesquisaram a causa deste fenômeno.

Eles disseram hoje à imprensa austríaca que chegaram à conclusão de que essa reação é causada por um mecanismo de reinfecção, que até agora não foi possível eliminar.

Os cientistas de Innsbruck buscam bloquear os mecanismos de proteção no vírus que o imunizam contra o ataque dos fatores complementares, procedimento que já foi feito em laboratório, mas também ainda não está claro se pode levar a um tratamento eficiente.

O especialista ressaltou a urgência de buscar novas armas contra a aids e alertou sobre os riscos da distração neste assunto. Já houve avanços consideráveis com os remédios disponíveis, reconheceu o especialista, mas alertou para que "não se sintam muito seguros".

Os vírus da aids desenvolvem resistência a todos os remédios, "e se estes já não fizerem efeito, a situação voltará a ser a mesma de 1985", advertiu Dierich.




Fonte: Agência EFE

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