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Agronegócios
Segunda - 09 de Maio de 2005 às 16:37
Por: Raquel Ferreira

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O Brasil já terá algodão transgênico em lavouras comerciais a partir da safra 05/06. Essa é a expectativa do melhorista de algodão da Fundação Centro-Oeste, Eleusio Curvelo Freire, que já vem trabalhando no sentido de lançar através da Embrapa variedades geneticamente modificadas.

De acordo com ele o algodão transgênico que está sendo testado em pequenas parcelas em Mato Grosso está sendo importado pelas empresas multinacionais, mas ainda não foram adaptadas à realidade do cerrado, mesmo assim ele acredita que a variedade já autorizada pela CNPBio possa representar uma redução de 10% no custo de produção.

“A economia pode parecer pequena, mas com os índices de competitividade e com os lucros cada vez menores, uma redução de 10% no custo total de produção é uma grande vantagem para o produtor. Além disso, a redução pode chegar a 20% nos gastos com herbicidas e inseticidas”, avalia o pesquisador que acredita que já na próxima safra 30% das lavouras do Brasil utilização o algodão geneticamente modificado.

Eleusio lembra que atualmente existem oito variedades de algodão transgênico, mas até o momento somente uma variedade foi liberada, as demais devem entrar no mercado somente daqui um ou dois anos. As empresas de pesquisas nacionais só devem disponibilizar sementes de algodão transgênico de forma comercial em dois ou três anos. “As empresas de pesquisa nacional vão entrar no mercado com uma defasagem de tempo, mas poderão conquistar o espaço porque o produtor já terá feito a experiência em suas lavouras e terão uma variedade que já seja adaptada a nossa realidade. As sementes disponíveis já para a próxima safra devem vir importadas necessariamente da Austrália e Estados Unidos, que já utilizam a mudança genética há mais tempo”, explica o pesquisador.

Outra vantagem que o melhorista vê com relação ao algodão transgênico desenvolvidos pelas empresas de pesquisa será a cobrança de um royaltie menor do que o cobrado pelas empresas multinacionais. “A pesquisa brasileira está atrasada porque somente depois da liberação de uma variedade de algodão transgênico é que os contratos de licenciamento dos genes começaram a ser feitos”, diz.

Eleusio acredita que se na próxima safra 30% do algodão plantado será transgênico na safra 07/08 esse percentual deve alcançar no mínimo 60% da produção nacional, já que outras variedades já terão sido liberadas e as empresas de pesquisa também já terão variedades disponíveis.





Fonte: Primeira Hora

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