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Internacional
Sábado - 07 de Maio de 2005 às 12:33

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Pelo menos três civis estrangeiros, que não tiveram a nacionalidade revelada, estão entre as 20 vítimas fatais da explosão de um carro-bomba detonado por um suicida neste sábado no centro de Bagdá.

Segundo fontes do Ministério do Interior, a explosão aconteceu de manhã, quando o suicida jogou o carro contra um comboio que tinha um número indeterminado de civis de nacionalidade estrangeira.

Além dos três estrangeiros mortos - que as fontes não identificaram e cuja identidade também não foi revelada pelos porta-vozes da forças da coalizão -, a explosão matou 17 iraquianos e deixou mais 24 feridos.

Segundo testemunhas, as vítimas iraquianas faziam parte da escolta armada do comboio ou são civis que estavam perto do local da explosão.

"O suicida detonou o carro contra o comboio de quatro veículos com os estrangeiros. Tiramos várias vítimas de dentro de três deles, que ficaram destruídos", disse à EFE o oficial de polícia Ali Rasul.

Rasul disse que a explosão também destruiu vários carros de civis que estavam nas imediações e deixou vários danos materiais.

O ataque aconteceu perto da praça de Tahrir, junto à rua Saadoun, uma das áreas mais movimentadas da cidade e de onde subiam colunas de fumaça poucdepois da forte explosão.

O atentado é mais um na onda de violência que atinge o Iraque desde que o governo eleito assumiu o cargo em 28 de abril, com cerca e 300 mortes desde então.

O ataque aconteceu apenas horas antes de o novo governo chegar a um acordo para ocupar os cargos dos ministérios da Defesa e do Petróleo, duas das principais pastas que estavam sem titular, anunciaram fontes oficiais.

"Chegamos a um acordo para alguns dos cargos ministeriais que ainda estavam desocupados", disse Leith Kiba, porta-voz do primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim al-Jaafari.

Segundo fontes da Aliança Unida Iraquiana, a formação de Al-Jaafari, o novo titular da Defesa será Sadoun Dulemi, da minoria sunita, e o xiita Ibrahim Bahr El Olum ocupará o Ministério do Petróleo.

Os novos ministros assumirão o cargo amanhã, domingo, em uma sessão do Parlamento, disseram as fontes.

Com as novas nomeações, o executivo de Al-Jaafari, dominado por xiitas confessionais e curdos - primeiro governo eleito nas últimas cinco décadas - falta nomes os ministro da Indústria, dos Direitos Humanos e da Eletricidade, cujos titulares podem ser anunciados nas próximas horas.

As incorporação de ministros sunitas no gabinete é uma das prioridades de Al-Jaafari, que tenta envolver nas novas instituições essa comunidade, que tradicionalmente ocupava o poder político em Bagdá e na maioria boicotou as eleições de 30 de janeiro passado.

Segundo observadores locais, o primeiro-ministro espera assim ganhar a confiança dos sunitas, comunidade dos grupos rebeldes, mas a onda de violência incessante reflete o grande trabalho do novo governo para para garantir a segurança no país.





Fonte: EFE

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