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Agronegócios
Quarta - 04 de Maio de 2005 às 15:31

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O protesto dos produtores de arroz do extremo-norte de Mato Grosso na BR-163 durou apenas 24 horas. É que o Grupo Bellincanta, do Frigorífico Matupá( Vale Grande ), entrou com uma liminar na justiça pedindo que a rodovia não fosse mais bloqueada pelos manifestantes. O pedido foi acatado pela juiza da comarca de Peixoto de Azevedo, Patrícia Cristiane Moreira. Os organizadores do manifesto foram oficialmente comunicados da decisão, durante reunião na sede do Sindicato Rural de Matupá. A reunião era para definir novas estratégias para o segundo dia de mobilização.

O pedido de liminar por parte do Frigorífico Matupá (Vale Grande) foi recebido pelos produtores de arroz com estranheza e indignação. O vereador Valdemar Frigeri, que também é produtor rural, em entrevista à Rádio Cidade lamentou profundamente a decisão tomada pelo Grupo Bellincanta que não se mostrou sensível diante da difícil situação dos agricultores.

O vereador lembrou que há alguns meses a rodovia foi interditada por fazendeiros que reivindicam a documentação de suas áreas e o Frigorífico Matupá manifestou apoio total e irrestrito ao movimento que contou inclusive com a participação de pecuaristas do sul do Pará. “Naquela ocasião, o Frigorífico chegou a paralisar suas atividades como forma de apoio aos pecuaristas,” lembrou o vereador. Os membros do Sindicato também fazem questão de frisar que a maior parte dos produtores de arroz também são pecuaristas e que deveriam merecer a mesma atenção por parte do Grupo Bellincanta.

Em entrevista á Rádio Cidade Humberto Martins, membro da comissão dos produtores afirmou que o Sindicato Rural decidiu que irá recorrer para tentar suspender a liminar do Frigorífico Matupá(Vale Grande), disse ainda que o movimento continua na sede do Sindicato, frisou que a qualquer momento pode voltar a acontecer o Bloqueio na Br163, até que as reivindicações dos produtores sejam atendidas.

Também em entrevista a Rádio Cidade o superintendente da CONAB de MT, Ovídio Costa Miranda disse estar ao lado dos produtores, explicou a desclassificação do Cirad 141 e disse que de imediato a busca é para uma diminuição da diferença entre o tipo Longo Fino e longo, que hoje é em torno de R$ 9,00 e se espera que chegue a apenas R$ 3,00.

Os agricultores reivindicam as seguintes questões:

-Eles querem uma valorização maior do arroz por parte do Governo. Hoje o custo de produção de uma saca, gira em torno de 19 reais. Os preços pagos pela CONAB variam de R$ 10,50 a R$ 12,00.

-Os produtores também querem que, a exemplo do ano passado, a Conab classifique o arroz "Cirad" como do tipo "longo fino". Hoje, esta variedade é classificada apenas como Arroz Cirad tipo longo e isso resultou numa queda no valor do produto.

- A outra reivindicação diz respeito a renegociação das dívidas dos produtores junto ao Banco do Brasil, diante dos enormes prejuízos provocados pelas fortes chuvas que caíram sobre a região nesta última temporada.





Fonte: A Notícia

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