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Internacional
Domingo - 01 de Maio de 2005 às 15:50

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Washington - Uma investigação realizada por militares americanos de alta patente sobre as acusações de abusos contra os prisioneiros de Guantánamo determinou que vários detidos foram maltratados ou humilhados, segundo foi informado neste Domingo. Essas são as conclusões de um relatório que ainda não foi divulgado, segundo publica hoje o jornal "The New York Times", que cita fontes do Pentágono.

O documento incluirá os relatos de agentes do FBI (polícia federal americana) "que se queixaram após testemunhar como vários detidos eram submetidos a diversas formas de tratamento severo". O jornal nova-iorquino afirma que os agentes do FBI escreveram em memorandos secretos que tinham visto mulheres espremendo os genitais de prisioneiros durante interrogatórios e outros detentos nus e algemados deixados no chão durante horas.

O jornal informa que a nova investigação, comandada pelo general Randall M. Schmidt, das Forças Aéreas, será a primeira concentrada exclusivamente nas práticas de interrogatórios na base americana de Guantánamo, em Cuba. A investigação, diz "The New York Times", foi iniciada após a divulgação de mensagens do FBI que "preocuparam especialmente o Pentágono devido à credibilidade das queixas" da polícia federal americana.

A publicação destaca ainda que não está claro se a responsabilidade pelos abusos recairá sobre as autoridades militares. Os responsáveis do Pentágono já foram criticados anteriormente por absolver militares de alta patente, lembra o diário. A reportagem publicada hoje afirma que o novo relatório do general Schmidt é divulgado num momento em que um número cada vez maior de prisioneiros libertados de Guantánamo oferece a jornalistas e advogados relatos sobre o tratamento que receberam durante sua detenção.

O "The New York Times" afirma que o exército sustentou durante muito tempo que os abusos em Guantánamo eram aberrações e que os soldados responsáveis havia sido punidos. Mesmo assim, o jornal revela outro relatório elaborado por um grupo de médicos de Massachusetts (Physicians for Human Rights) afirmando que "pelo menos desde 2002, os EUA estiveram envolvidos na tortura psicológica sistemática" de detidos em Guantánamo.

O Physicians for Human Rights acredita que as práticas contra os soldados em Guantánamo tiveram "devastadoras conseqüências sobre a saúde dos indivíduos que foram submetidos a elas". O jornal afirma que o relatório do general Schmidt só ficará pronto daqui a algumas semanas.





Fonte: EFE

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