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Nacional
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 14:53
Por: Adriana Fernandes

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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "por enquanto" a meta de inflação para este ano é de 5,1%. "Pelo menos para este ano a meta é de 5,1%. Vamos perseguir. Se não conseguirmos é porque não conseguimos, não é porque não perseguimos. Se não chegarmos lá, chegaremos bem próximos", afirmou o presidente, durante sua primeira entrevista coletiva, ao ser perguntado se o governo poderia discutir mudanças na meta de inflação.

Segundo ele, a meta de inflação para este ano era de 4,5% e passou para 5,1% e que com uma banda a mais para cima e para baixo. "Nós temos que procurar o centro da meta", disse. Lula admitiu que mesmo procurando o centro da meta é difícil porque "a pressão é muito forte".

Ele afirmou que no Brasil, hoje, o controle da inflação não tem mais as características que tinham há 20, 30 anos atrás. "Hoje tem uma parte dos preços dolarizada", disse. Ele disse que há também contratos, principalmente na área de telefonia e energia, que precisam de acordos para mudar o índice correção do IGP-M para o IPCA.

Lula afirmou que o governo tomou várias medidas de desoneração de tributos, e que elas "vão segurando a inflação". Em defesa ao Banco Central, o presidente disse que "é muito cômodo dizer que o culpado (pela meta da inflação) é o Meirelles ou outro diretor do Banco. O culpado somos nós, que definimos a meta, porque entendemos que é preciso buscá-la", disse Lula.



O presidente afirmou ainda que quer cada vez mais que o Brasil tenha uma meta de inflação que possa colocar o País no patamar dos países desenvolvidos. Na sua avaliação, na hora em que o Brasil conseguir colocar a inflação no patamar dos países desenvolvidos, certamente o país terá também taxas de juros de países desenvolvidos.

Ele disse que é um homem de muita fé, que não desiste nunca e que está convencido de que isso vai acontecer. Sobre a defesa de mudança de metas ele afirmou que as pessoas que acham que precisa de outra meta, é uma análise que fazem. "Por enquanto a nossa meta é 5,1%", disse, enfaticamente. Ele acrescentou que não quer que a inflação seja o grande ladrão do salário dos brasileiros.





Fonte: Agência Estado

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