Para Ciesp, aumento dos juros pelo BC é política deliberada para retardar crescimento do país
Segundo Tabacof, o crescimento de 1,1%, apurado no Indicador de Nível de Atividade Industrial (INA), do Ciesp, é modesto, mas confirma que a indústria de São Paulo é o elemento dinâmico que puxa a atividade do país. "Os empresários e as indústrias não se assustam e nem se deixam acuar, mesmo quando colocados em situação desfavorável. Mesmo com as taxas de juros, os empresários estão fazendo grande esforço para cumprir seu papel".
Em relação a fevereiro, o total de horas trabalhadas na produção cresceu 6,8%. As horas pagas aumentaram 4,8%. O crescimento total de salários foi de 3,4%, o que corresponde a um amento real de salários, descontada a inflação medida pelo IPCA do IBGE, de 2,6%. O salário real médio aumentou 2,1%. As vendas reais cresceram 16,3% e as nominais 16,5%.
Já o diretor do departamento de Economia, Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, afirma que o crescimento de 1,1% não deve ser encarado com euforia nem com desespero, mas disse que, para ele, "fica aquele sentimento de tristeza, porque nós não estamos aproveitando a oportunidade que o mundo nos oferece". O pesquisador referiu-se às taxas de crescimento econômico maiores que vêm sendo verificadas em outros países.
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