Meio milhão de pessoas assiste à missa de coroação do papa

Roma - Meio milhão de pessoas, segundo os cálculos da Defesa Civil italiana, assiste à missa do início do Pontificado de Bento XVI na Praça de São Pedro, a Via da Conciliação e outras ruas adjacentes. A parte da direita da esplanada do Vaticano mais próxima ao altar está reservada às delegações oficiais de 140 países, lideradas em alguns casos por seus respectivos chefes de Estado ou de governo, como os Reis da Espanha ou o presidente da Alemanha, o país natal do novo papa.

Na parte oposta se situam os cardeais, bispos e outros religiosos, entre eles o irmão de Joseph Ratzinger, o sacerdote Georg Ratzinger.

Os fiéis mais madrugadores e os que decidiram dormir em plena rua asseguraram um posto na área aberta ao público da própria praça de São Pedro, enquanto que a maioria ficou ao longo da Via da Conciliação, que vai desde o Vaticano até o Rio Tibre e o Castillo de Sant´Angelo.

Ao longo desta via há seis telões para que todos acompanhem a cerimônia, da mesma forma que se fez em outros pontos próximos, como a Praça do Risorgimento, onde também se reúnem milhares de pessoas.

Muitos dos presentes à missa do início do Pontificado, que começou com um grande aplauso dedicado ao novo papa e gritos de "Bento, Bento", levam bandeiras da Alemanha, de sua Baviera natal e da Polônia, que simbolizam a continuidade entre João Paulo II e seu sucessor. EFE

Durante a missa, o cardeal protodiácono, o chileno Jorge Arturo Medina Estévez, impôs ao papa Bento XVI o pálio (estola), que junto com o Anel do Pescador simbolizam o Ministério Pontifício. Depois, o decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, entregou ao papa o anel. O Anel do Pescador recebido por Bento XVI é diferente do usado por João Paulo II. O papa usa o anel até a morte, quando o camerlengo o retira e o amassa, para que ninguém possa usá-lo e, ao mesmo, tempo para simbolizar o final do papado.