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Internacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 20:15

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Milhares de opositores e líderes políticos pediram neste sábado que o presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, deixe o poder. Em protestos nas ruas, eles rejeitaram sua decisão de dissolver a Suprema Corte de Justiça e decretar estado de emergência em Quito e na província de Pichincha

Gutiérrez, um militar da reserva que está no 23º mês de mandato, limitou os direitos civis e declarou a cidade de Quito "zona de segurança". O estado de emergência restringe o direito de circulação, de promover reuniões e permite ao presidente adotar certas medidas para garantir a segurança em determinadas regiões.

O Equador está imerso em uma crise política e jurídica desde o dia 8 de dezembro passado, quando uma maioria governista no Congresso reestruturou a Suprema Corte de Justiça, medida essa que foi qualificada imediatamente pela oposição de ilegal e inconstitucional.

A decisão presidencial fez aumentar as tensões no país e deu força aos protestos nas ruas. A oposição questionou a legalidade do ato dizendo que Gutiérrez não pode anular resoluções de outras funções do Estado e chamou-o de "ditador".

"Não tem nenhum valor jurídico", disse o prefeito de Guayaquil, Jaime Nebot, influente líder do partido Social Cristão (PSC), o maior do país. Outras autoridades equatorianas defenderam que a decisão de desfazer a corte seja ignorada e que se recorra ao parlamento a fim de se reestruturar a corte.

Até agora, porém, os legisladores não conseguiram encontrar uma saída viável para controlar a comoção política que sacode o Equador.





Fonte: 24 Horas News

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