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Nacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 19:00
Por: Érica Sato

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São Paulo - A parceria de entidades civis com a prefeitura de Diadema é um dos aspectos-chave no sucesso dessa cidade do ABC paulista na redução dos índices de criminalidade. Diadema era a líder em violência no estado e atualmente ocupa a 18ª posição. Os programas que a cidade adotou foram escolhidos pelas Nações Unidas como um modelo a ser apresentado e discutido no 11º Congresso das Nações Unidas de Prevenção ao Crime e Justiça, que começa segunda-feira (18) e vai até o dia 25 em Bangkok, na Tailândia, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura.

"Isso é uma aposta de que a paz, a segurança, é um exercício que se faz coletivamente. A gente acredita que essa construção conjunta é a garantia da eficácia do plano", disse Paula Miraglia, do grupo Sou da Paz. Ela é coordenadora do Plano de Segurança da cidade, em uma parceira pioneira, que começou por uma radiografia da violência no município e agora avança para um detalhamento de necessidades e ações.

Embora o programa esteja avançando para uma nova etapa, muitas ações se destacaram desde o início, como o fechamento dos bares durante a madrugada. "Foi uma ação bastante emblemática o fechamento dos bares, que teve um impacto muito grande na redução do número de homicídios", disse Paula Miraglia. No entanto, o fechamento dos bares não pode ser compreendido como uma ação isolada, pois veio com um conjunto de ações que vão desde a criação da guarda municipal e de programas sociais voltados especificamente para a juventude até um policiamento comunitário mais próximo da população", explicou.

Segundo Paula Miraglia, o plano de segurança divide-se em três frentes: combate à criminalidade e a fatores que a potencializam (como o fechamento dos bares durante a madrugada e a própria criação da polícia civil), políticas administrativas voltadas especificamente para a juventude e, finalmente, ações de urbanização (como a iluminação de vias públicas). Ela disse que o plano aposta muito no papel do município como esfera de poder público, com grande potencial para resolver problemas de segurança e se destaca por ter sido construído por uma organização não-governamental da sociedade civil, que é o Instituto Sou da Paz, numa proposta aberta à população. "É uma aposta de que a paz, a segurança, é um exercício que se faz coletivamente. A gente acredita que esta construção conjunta é a garantia da eficácia do plano", afirmou.

O plano de segurança foi apresentado sexta-feira (8) e agora há um período de 60 dias de consultas públicas - serão cinco audiências públicas. No dia da apresentação, foram distribuídas cópias do do plano à população. Perguntas sobre o plano estão disponíveis no site da prefeitura e do Sou da Paz. Após o debate público, haverá um período de planejamento integrado, que envolverá todas as secretarias da prefeitura e organizações da sociedade civil. O implementação do plano deve ter início em agosto.





Fonte: Agência Brasil

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