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Internacional
Sábado - 16 de Abril de 2005 às 18:44

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Os sócios democratas-cristãos do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, mantêm a decisão que os levou a abandonar o governo, ao passo que o líder do grupo, Marco Follini, classificou neste sábado como "péssima ameaça" a advertência de que, se não voltarem ao gabinete, serão convocadas eleições antecipadas.

"As eleições antecipadas são um bom argumento, mas uma péssima ameaça", disse Follini, até ontem vice-presidente do Executivo, em referência à frase de ontem à noite de Berlusconi.

A solução para a crise, que começou em função da derrota da aliança governista nas eleições regionais de duas semanas atrás, está paralisada, embora Berlusconi, que saiu hoje de Roma, já tenha admitido formar um novo governo.

Resta a UDC assinar em troca - como fizeram os outros dois sócios, a Aliança Nacional e a Liga Norte - um documento programático, com o qual Berlusconi pretende controlar o processo para a formação de um novo Executivo.

Follini afirmou que esse documento "não é o problema nem a solução": "O que falta é um novo governo e um novo programa, e em nenhum momento estou falando de cargos para nosso partido".

Depois de ressaltar que não está em discussão a liderança de Silvio Berlusconi, o líder da UDC disse que o primeiro-ministro "tem a possibilidade e a responsabilidade de cumprir essa meta".

Tudo indica que no final se chegará a um acordo para a formação de um novo governo - o que na Itália está sendo chamado de "Berlusconi bis" - para concluir o ano que resta de mandato, embora as diferenças que surgiram nestas dias não sejam exatamente uma garantia de estabilidade no futuro.

Para a próxima segunda-feira está previsto que o chefe do Executivo compareça ao Palácio do Quirinale, sede da presidência da República, para assinar o afastamento de Follini e dos três ministros da UDC, e esse pode ser o momento para formalizar a crise.

Os problemas do Executivo de Berlusconi coincidem com o segundo turno, amanhã e na segunda-feira, de algumas eleições municipais parciais de pouca significação política, que foram realizadas paralelamente às regionais que desencadearam a tempestade na majoritária centro-direita.





Fonte: EFE

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