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Politica Brasil
Sexta - 15 de Abril de 2005 às 09:48

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que não envia mensagens eletrônicas, nem mesmo a suas filhas gêmeas. Ele teme que "coisas pessoais" venham a público. "É preciso haver um certo sentido de privacidade", disse ele à Sociedade Americana de Editores de Jornais.

Bush manifestou sua aversão ao e-mail ao comentar o uso que o governo faz dos pedidos de informação sob a Lei da Liberdade da Informação. Críticos dizem que as autoridades usam a segurança nacional como pretexto para manter muitas informações sob sigilo.

George W. Bush afirmou que o governo recebe cerca de 3,5 milhões de pedidos de informação apoiados na lei por ano e que defende um governo aberto, desde que os dados divulgados não ameacem vidas. "Eu gostaria que aqueles que expõe documentos sejam cientes da diferença entre o que pode realmente ameaçar a segurança nacional e o que deve ser lido", afirmou.

Sean Moulton, porta-voz da entidade OMB Watch, que monitora decisões do Escritório de Orçamento e Gestão da Casa Branca e de outros órgãos públicos, disse que "este é um governo que piora dia a dia em termos de permitir acesso público a informações e documentos pelos quais é pago". Ele disse que todos os governos relutam em se abrir, mas que este "está sendo extremamente oportunista com as preocupações de segurança doméstica e usando isso como desculpa para fechar o acesso público".

Bush já pressionou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a permitir maior liberdade de imprensa naquele país. "Temos de garantir que a nossa imprensa seja livre. Sei disso", afirmou.

Mas, quando se trata de e-mails, Bush disse que os evita, porque "tudo é investigado em Washington" e, por isso, "estamos perdendo muita história, não só comigo, mas também com outros presidentes".

Dessa forma, ele não usa o correio eletrônico nem para se comunicar com suas filhas gêmeas, Jenna e Barbara. "Não quero que vocês leiam as minhas coisas pessoais", disse ele aos editores. "É preciso haver algum sentido de privacidade. Vocês sabem, vocês têm o direito de saber como tomo decisões. E têm o direito de fazer perguntas, às quais respondo. Não acho que tenham o direito de poder ler a correspondência entre minhas filhas e mim."





Fonte: Reuters

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