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Internacional
Terça - 12 de Abril de 2005 às 12:20

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A Coréia do Norte se uniu nesta terça- feira à China ao condenar a publicação de alguns livros que "distorcem" a história dos crimes de guerra japoneses cometidos durante a Segunda Guerra Mundial, informou a agência oficial Xinhua.

"Os coreanos nunca permitirão a distorção da história por parte dos japoneses reacionários e os obrigarão a pagar por seus crimes do passado", manifestou a Agência Central de Notícias norte-coreana (KCNA) num comunicado divulgado pela Xinhua.

"Trata-se de um intolerável insulto à nação coreana e um desafio aberto à justiça e à consciência internacional", acrescenta a nota da KCNA.

"A história nunca poderá ser modificada por tergiversações nem ser eliminada mediante tentativas de encobrimento", acrescenta.

O Ministério de Educação do Japão aprovou na semana passada a edição de alguns novos livros recopilados por uma "organização direitista", segundo a Xinhua, que elogia a agressão e o brutal comportamento japonês durante a ocupação da Península Coreana, da China e do sudeste Asiático.

A agência norte-coreana expressou sua raiva pela afirmação nesses livros de que a ocupação japonesa na Coréia do Norte "ajudou em seu processo de modernização", assim como a classificação das ilhas Tok como "território japonês".

O artigo norte-coreano assinala que os novos livros não mencionam os enormes sofrimentos que as tropas japonesas causaram aos coreanos durante sua invasão e ocupação (1910-1945), "quando 8,4 milhões de coreanos se transformaram em operários forçados".

Além disso, lembra que "200 mil mulheres coreanas foram obrigadas a se transformar em 'escravas sexuais' das tropas japonesas", ou seja, foram estupradas pelos japoneses da mesma forma como nos demais países ocupados.

As ilhas Tok, situadas entre o Japão e a Península Coreana, são reivindicadas pelas duas Coréias e pelo Japão desde o final da Segunda Guerra Mundial.

"A recente atitude do Japão ao encobrir seus crimes e evitar sua redenção revela sua ambição militar de voltar a invadir a Coréia e outros países asiáticos", acrescenta o comunicado.

Segundo a KCNA, essa atitude é um chamado para que "os jovens japoneses sigam os passos de seus antepassados e persigam uma nova invasão".

A nota acrescenta que, através dessa estratégia, o Japão pretende tornar realidade o velho sonho de uma "Grande Esfera de Co-Prosperidade na Ásia" a qualquer preço.

A publicação desses livros motivou, no fim de semana passado, milhares de estudantes a se manifestarem nas principais cidades da China, principal aliado e fornecedor do isolado regime norte-coreano.





Fonte: EFE

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