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Saúde
Sábado - 09 de Abril de 2005 às 13:13

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As pessoas que sofrem do mal de Parkinson, doença degenerativa crônica envolvida em muitas incógnitas e que não tem cura, devem evitar a solidão e o isolamento social ao qual essa doença pode levar. Associações de pacientes e familiares fazem um chamado nesta semana para melhorar a situação dos doentes, por ocasião do Dia Mundial do mal de Parkinson, celebrado na segunda-feira, e que tem como lema "Se você tem Parkinson, não viva isso sozinho".

O presidente da Federação Espanhola de Parkinson, Carles Guinovart, chama atenção para a situação de muitos pacientes: as dificuldades físicas como o tremor involuntário e a diminuição da força muscular levaM, com muita freqüência, à rejeição social por causa da dificuldade de comunicação e movimento.

A maioria das pessoas com o mal de Parkinson mantém até o final seus sentidos e inteligência, mas freqüentemente sofrem mais por causa da rejeição, incompreensão e dificuldades de comunicação do que pelas complicações motoras causadas pela doença.

A melhoria na vida de quem tem o mal de Parkinson inclui uma boa educação sobre como conviver melhor com as incapacidades e uma rede social formada pela família e amigos que evitem o isolamento, além de reabilitação física, tratamento psicológico, fisioterapia e exercícios fonoaudiológicos.

Calcula-se que a doença atinge 2% da população mundial com mais de 60 anos, uma porcentagem que deve aumentar por causa do aumento da expectativa de vida. Trata-se da segunda principal doença neurológica degenerativa depois do mal de Alzheimer, e ainda será preciso muita pesquisa para que a ciência descubra sua origem e tratamentos para evitar a degeneração progressiva causada pelo mal de Parkinson.

Nos últimos anos, foram desenvolvidos remédios que diminuem o ritmo de evolução da doença, técnicas cirúrgicas indicadas em alguns casos para melhorar o tremor involuntário e esperanças de que no futuro haja tratamentos mais eficazes para impedir a degeneração progressiva.

O mal de Parkinson pode aparecer em qualquer idade, mas é mais freqüente a partir dos 60 anos, com uma incidência um pouco maior entre os homens. É importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível para que o paciente possa receber o quando antes os remédios que conseguem atrasar as primeiras manifestações do mal de Parkinson e, por isso, a ciência médica procura indicadores biológicos eficazes para identificar a doença antes dos primeiros sintomas.

Um dos exemplos de luta contra o mal de Parkinson, além do papa João Paulo II, é o ex-campeão mundial de boxe Muhammad Ali, que sofre da doença há mais de vinte anos e tem uma família que entendeu a importância do apoio afetivo e social. A filha do lendário boxeador, Rasheda Ali, tornou-se uma ativista na luta contra o mal de Parkinson, e escreve um livro dedicado a seu pai que será distribuido no mundo todo.

O livro I'll Hold Your Hand So You Won't Fall (Eu segurarei sua mão para você não cair) é uma guia do mal de Parkinson para crianças, em que Rasheda conta a experiência de seus filhos com seu pai e de como aprenderam a se comunicar com seu avô e entender suas dificuldades.





Fonte: EFE

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