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Politica Brasil
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 07:41
Por: Valéria Cristina da Silva

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A Cuiabá de hoje, que completa 286 anos, teve o boom de seu desenvolvimento estrutural na década de 70, mais precisamente na administração do 25º prefeito Manoel Antonio Rodrigues Palma, entre 1975 e 1979.

Não que outros prefeitos não tenham feito nada pela capital de Mato Grosso. A diferença é que Palma administrou uma situação muito favorável à cidade. Ele era genro do então governador, José Garcia Neto, que se ressentia por também ter sido prefeito e não ter feito muito pela capital. Garcia Neto era adversário do governador da época (João Ponce de Arruda) e praticamente não recebeu recursos.

Com o sogro-governador, Rodrigues Palma viu abertas para Cuiabá as portas não só do governo estadual, mas também do federal, com auxílio de Garcia Neto. No início da gestão, a capital tinha cerca de 100 mil habitantes, menos da metade da de Várzea Grande hoje. Não havia infra-estrutura. As ruas eram de paralelepípedo. A Cândido Mariano, especificamente, era calçada com pedra e, a Voluntários da Pátria, de terra. Os bairros Araés, Lixeira e Quilombo eram os mais afastados. O orçamento era de 50 milhões de Cruzeiros, sendo 35 milhões de arrecadação e 15 milhões de um empréstimo feito pela antiga administração.

"Garcia Neto me nomeou dizendo querer alguém que fosse do próprio governo, para que pudesse fazer por Cuiabá o que ele não teve condições quando foi prefeito. Isso facilitou muito as coisas. Até funcionários do Estado cedidos eu tinha na prefeitura", conta Rodrigues Palma, O 35º prefeito de Cuiabá - ver relação no quadro ao lado.

Nos quatro ano de prefeitura, Palma fechou o córrego da Prainha, asfaltando a avenida, duplicou a avenida Fernando Corrêa até a Universidade Federal, fez dois viadutos, construiu 200 km de asfalto, criou o Pronto Socorro Municipal, apesar de não chegar a inaugurá-lo, e ainda fez os primeiros loteamentos urbanizados, que mais tarde se transformaram nos bairros Pedregal e Planalto. Tudo com ajuda de recursos federais e estaduais. Ele considera que teve sorte pelo apoio, mas diz que a cidade cresce mais do que o poder público pode acompanhar.




Fonte: A Gazeta

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