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Politica Brasil
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 07:40
Por: Téo Meneses

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O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos mais conhecidos defensores dos direitos humanos no Brasil, culpa o aparelhamento partidário e o nepotismo na coordenação mato-grossense da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) como co-responsáveis pela mortes de índios Xavante no Estado. A sua afirmação foi feita ontem, em Cuiabá, durante audiência pública realizada pela Assembléia Legislativa e a Câmara dos Deputados.

De acordo com Gabeira, o governo Lula quebrou o ritmo de trabalho da Funasa após a indicação de correligionários para funções importantes da instituição em Mato Grosso. Alegou também que o coordenador estadual do órgão, Jussy Soares, nomeou parentes para os principais cargos.

"O nepotismo e a incompetência, se não são os grandes culpados, agravam uma situação delicada que decorre da decisão do governo em colocar aliados em cargos importantes. Isso acaba gerando uma política de extermínio silenciosa", criticou.

Segundo Gabeira, as denúncias de nepotismo e inoperância foram feitas anonimamente a membros da Comissão Externa da Câmara dos Deputados. Os autores seriam funcionários da própria instituição. "Se forrem confirmadas as informações de que existem na Funasa três irmãos e duas cunhadas do coordenador, essas pessoas devem ser demitidas. Conheço o PT desde o início e sei também da política de aparelhamento do partido", completou.

A deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB) alegou que 13 dos 21 cargos comissionados na Funasa foram indicados por partidos ligados a Lula. O PT teria 13 indicados; o PTB, quatro; e o PMDB, quatro. A tucana argumenta também que os petistas mudaram o decreto 4.253 que determinava que os diretores da Funasa só poderiam ser servidores efetivos da instituição. Neste ano, morreram seis crianças Xavante em Mato Grosso.




Fonte: A Gazeta

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