Dante se diz culpado por derrota

O ex-governador Dante de Oliveira, presidente estadual do PSDB, afirmou que só a história poderá detectar os culpados pela derrota tucana durante a eleição de 2002. Dante alegou ainda que, se fosse para eleger um responsável pelo desempenho da sigla na ocasião, essa pessoa seria ele mesmo, pois já era o presidente do partido à época.

O posicionamento do ex-governador é uma resposta ao que ele classifica como publicações sobre análises superficiais em relação a 2002. Dante admite que, durante entrevistas concedidas a alguns veículos da Capital, citou o nome do senador Antero Paes de Barros, porém, não imputou-lhe a responsabilidade pela derrota do PSDB. "Concedi uma entrevista mas não fazia, na ocasião, uma análise sobre as eleições de 2002, até porque não dá para falar disso em algumas linhas ou em poucas palavras. Essa análise cabe à história fazer e tem que ser feita com calma. Não quis criar intrigas com ninguém, muito menos com o senador Antero Paes de Barros. Pretendia apenas fazer uma análise da vitória do prefeito Wilson Santos (Cuiabá). O contexto em que disse aquilo também era outro", afirmou Dante.

Em 2002, o PSDB teve Antero como candidato a governador e Dante, ao Senado, através de uma frente que reuniu ainda o PMDB, presidido pelo ex-senador Carlos Bezerra. Nenhum dos três foi eleito contra o grupo liderado pelo governador Blairo Maggi (PPS).

"Na eleição passada, houve mais acertos do que erro por parte do nosso grupo. Prova disso é o resultado que as urnas mostraram a toda população. Mas não cabe a mim fazer essa análise agora, ainda mais se for uma análise superficial, sem levar em consideração vários aspectos. O que posso dizer é, que se houve um culpado em tudo isso, essa pessoa sou eu, pois eu era o presidente do partido, candidato e maior liderança. Não podemos culpar outras pessoas", completou.