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Internacional
Quinta - 07 de Abril de 2005 às 11:50

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O papa João Paulo II pensou em renunciar em 2000, "no século que acaba de terminar", de acordo com trechos do seu testamento espiritual divulgado hoje. O documento, aberto e lido ontem apenas durante a Congregação de Cardeais, começa com a seguinte frase: "Despertem, porque não sabem em que dia nosso Senhor virá".

"Espero que Ele me ajude a reconhecer até quando devo continuar neste serviço para o qual me chamou em 16 de outubro de 1978", diz o testamento, em referência ao dia de sua eleição ao Trono de São Pedro.

O documento também afirma que em 1982 o Papa considerou a possibilidade de que seus funerais acontecessem na Polônia, mas em 1985 deixou a decisão nas mãos do Colégio Cardinalício. Ele também solicita no documento que seja sepultado em terra, "e não em um sarcófago". João Paulo II pediu perdão a todos e que rezassem por ele.

João Paulo II não deixa nada material e pede que sejam queimadas todas as suas anotações particulares.

O Papa agradeceu a Deus pelo fato de a Guerra Fria ter acabado sem um conflito nuclear, segundo o texto de seu testamento. "Graças à providência divina, a Guerra Fria acabou sem um violento conflito nuclear", escreveu João Paulo II.

O testamento revelou que o falecido Papa sempre esteve preparado para a morte, fato para o qual João Paulo II chamou a atenção todas as vezes em que corrigiu o testamento.

Ele agradeceu ainda ao seu secretário particular, o fiel Stanislaw Dziwisz, ao ex-rabino-chefe de Roma, Elio Toaf, e lembrou de seus pais e irmãos

O documento tem cerca de 15 páginas e foi divulgado hoje à imprensa tanto em sua versão original em polonês como em sua tradução para o italiano. O testamento tem data de 6 de março de 1979 e inclui as correções e adendos feitos em 1980, 1982 (duas vezes), 1985 e no ano 2000.





Fonte: Terra

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