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Internacional
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 19:33

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As forças de segurança sauditas continuaram nesta quarta-feira combatendo os extremistas islâmicos e mataram outro dos terroristas mais procurados do país após o fim do mais longo e sangrento confronto com os radicais, que ontem à noite deixou 14 mortos.

O novo tiroteio aconteceu num Bairro Industrial no sul de Riad e, de acordo com fontes policiais, nesse local foi morto Abdelrahman al Yazji, que estava entre os 26 terroristas mais perigosos da Arábia Saudita, segundo uma lista feita pelas autoridades do reino.

Também ficaram feridos no confronto um acompanhante de Al Yazji e um oficial das forças especiais de segurança, que foi levado para um hospital da capital saudita.

As fontes não informaram, no entanto, se o tiroteio de hoje tem relação com o confronto que durou três dias na cidade de Al Ras, ao norte de Riad, e acabou ontem à noite com a morte de 14 extremistas islâmicos e a detenção de seis, quatro deles feridos.

No confronto de Al Ras morreram outros dois radicais que também estavam na lista de terroristas mais procurados: o franco-marroquino Abdelkrim Thami al Meyati, suposto autor de ataques em vários países e considerado o cérebro dos atentados de 11 de março em Madri, e o saudita Saud al Qutaini al Oteibi, suposto responsável pelo aparelho de propaganda da Al Qaeda na Arábia Saudita.

Com a morte desses dois ativistas e de Al Yazji, continuam foragidos apenas três integrantes dessa relação, já que os outros foram mortos ou detidos pelas forças de ordem desde que a lista foi feita, há mais de um ano.

Entre os ativistas que continuam foragidos, está Salah al Oufi, suposto chefe da Al Qaeda na Península Arábica, o território mais sagrado para os muçulmanos.

Al Oufi tem pouco mais de 30 anos e dirige a rede terrorista na região desde que seu antecessor, Abdelaziz al Muqrin, morreu vítima de disparos da polícia em junho de 2004.

No último mês de março, Al Oufi apareceu em um vídeo que foi divulgado num site islamita pedindo a seus seguidores que "aumentassem a pressão" sobre as ricas monarquias petrolíferas do Golfo Pérsico.

Apesar das ameaças, as novas operações de segurança são consideradas um duro golpe à infra-estrutura da organização de Osama bin Laden no país que o viu nascer e onde o líder da Al Qaeda - que teve a cidadania revogada pelas autoridades sauditas -, ainda tem um bom número de adeptos.

Mais de cem pessoas morreram, várias delas de nacionalidade estrangeira, em atentados terroristas e nos freqüentes confrontos travados há dois anos entre as forças de ordem e as células da Al Qaeda na Arábia Saudita, cujas autoridades se lançaram em uma dura campanha para exterminar os radicais islâmicos.

A monarquia saudita iniciou essa campanha sob pressão dos Estados Unidos - depois da tensão registrada entre Riad e Washington ao ser divulgado que a maioria dos terroristas do 11 de setembro eram de origem saudita.

No entanto, a campanha está sendo feita para garantir a própria sobrevivência do reino saudita, já que Bin Laden pediu sua derrubada após acusá-la de cumplicidade com o Ocidente.





Fonte: EFE

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