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Internacional
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 06:57

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Mais de um milhão de pessoas já deram adeus ao papa João Paulo II dentro da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Na segunda-feira, no primeiro dia de velório, passaram pelo local 400 mil pessoas, e as estimativas indicavam 600 mil nesta terça-feira, segundo os dados fornecidos ao Vaticano pela Defesa Civil italiana, com cerca de 20 mil fiéis por hora.

Ainda não há previsões reais de quantas pessoas participarão do funeral do Papa. De acordo com a agência de notícias Ansa, um milhão de pessoas já chegaram à Roma para participar do funeral e, segundo a mídia italiana, esse número pode chegar a 4 milhões. A maior incógnita quanto à quantidade de visitante recai sobre a Polônia que, segundo especulações, pode levar milhares de fiéis.

Desde segunda-feira, milhares de poloneses tentam, desesperadamente, conseguir um meio de transporte que os leve a Roma. Hoje, centenas de moradores de Varsóvia faziam fila na estação central na esperança de comprar bilhetes para um dos quatro trens especiais, com capacidade para 3,4 mil passageiros cada, postos à disposição dos peregrinos pelas autoridades para irem a Roma a preços módicos. Até a metade do dia, pelo menos 800 pessoas já tinham se inscrito em uma lista de espera.

"Não temos nenhuma possibilidade de conseguir passagens. Temos de nos organizar de outro jeito, usar o carro do papai e viajar os cinco de carro", lamentava a estudante Agnieszka Czyz, sem afastar os olhos das intermináveis filas que se formavam na frente das bilheterias.

"Queremos expressar nosso apego ao Papa e mostrar à Europa e a todo o mundo até que ponto os poloneses o amaram", disse Tadeusz Krystyn, empenhado em levar para Roma seus oito familiares. "Quero prestar uma última homenagem ao Papa João Paulo II e, sobretudo, agradecer-lhe por tudo o que fez pela Polônia e pelas famílias polonesas", acrescentou o homem que tem grandes chances, já que passou a noite toda na fila se revezando com seu filho.

Maciej Walwik, 31 anos, foi um dos primeiros a conseguir a façanha, após uma espera de 17 horas. "Sinto-me muito feliz. Vivi muito tempo no exterior e não pude ver o Papa. Esta é a última chance", comentou o cozinheiro de um restaurante de Varsóvia.

A maioria dos que esperam é formada por jovens. Nada desanima os peregrinos, nem a duração de uma viagem de 25 horas, nem o preço: cerca de 440 zlotys (US$ 137) por um assento e 560 (US$ 184) por um leito. "Em Roma, não vamos procurar hotel, dizem que já não tem mais vaga. Vamos dormir na rua", contou Zuzana Wadzinska, uma estudante do segundo ano de Medicina.




Fonte: Terra

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