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Economia
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 06:58
Por: Adriana Cardoso

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São Paulo - O crescimento do PIB brasileiro para R$ 1,769 trilhão em 2004 é bastante positivo, mas a taxa de investimento de 19,6% ainda está abaixo da ideal, para que se afirme que o crescimento que vem sendo registrado pela economia brasileira é auto-sustentado. Essa é a avaliação do economista João Luiz Mascolo, professor de macroeconomia do Ibmec. "A pergunta que fica é sobre a qualidade do crescimento. Todos nós gostaríamos de dizer que se trata de um processo auto-sustentado. No entanto, a taxa de investimento abaixo de 20% não permite que se diga isso", afirmou em entrevista ao programa Conta Corrente, da "Globo News".

Para Mascolo, o ideal seria que a taxa de investimento estivesse na casa dos 23-25%. E como se chega a esse patamar? O economista disse que isso depende de vários aspectos, como as reformas macro e microeconômicas, a confiança de que a política fiscal continuará seguindo ritmo de austeridade, mas, principalmente, cortes de gastos e redução da carga tributária.

O crescimento da economia brasileira, segundo Mascolo, vem sendo "formado por aumento de gastos e de impostos, portanto não se pode afirmar que tenha qualidade". Diante da incerteza do cenário externo, principalmente pelo fato de o Fed, o banco central americano, ter dado sinais de que pode acelerar o processo de alta dos juros, Mascolo acredita que o processo de alta da Selic ainda não terminou. Ele prevê pelo menos mais uma elevação da taxa básica em abril, "a última", de 0,25 ponto porcentual, apesar de considerar que a inflação está "comportada". "Queda da Selic, só a partir de outubro", concluiu.




Fonte: Agência Estado

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