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Tecnologia
Quarta - 30 de Março de 2005 às 19:50

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou uma nova linha de crédito dentro do Prosoft, programa criado em 1997 para ajudar o desenvolvimento do setor de software do país.

Com a nova linha, o programa passa a financiar também a venda dos produtos. Chamada de Prosoft Comercialização, a nova linha nasce sem limite de orçamento e com uma fila de 36 empresas interessadas, informou o diretor Industrial e de Comércio Exterior, Armando Mariante. Uma das primeiras será a CPM, uma das maiores empresas do país de software e Tecnologia da Informação (TI).

A companhia, controlada pelo Bradesco e pelo Deutsch Bank, é voltada para serviços financeiros e tem faturamento anual em torno dos R$ 500 milhões.

A empresa receberá financiamento de R$ 9,7 milhões do BNDES para montar sua sétima fábrica no Brasil, no Rio de Janeiro, de um projeto total de R$ 15 milhões. Os recursos também vão ajudar a vender sua produção nos Estados Unidos.

Para viabilizar o financiamento da comercialização de softwares o BNDES aceitará como garantia recebíveis das vendas das empresas, informou Mariante. "Não há como dar garantia real para bens intangíveis. No caso dos financiamentos tradicionais do banco, as garantias muitas vezes são os próprios projetos, mas software é 100% intangível", explicou. Ele ressaltou que o banco não exige garantias para pedidos até R$ 6 milhões, só carta de fiança dos controladores.

O BNDES tem uma carteira de R$ 200 milhões para projetos de software, incluindo desembolsos já feitos e pedidos em análise. Em 2004, o banco aprovou R$ 81 milhões para o setor, contra R$ 58 milhões aprovados desde o período entre 1999, quando foi realizado o primeiro financiamento, até 2003.

Com a nova linha de financiamento de venda de software, a expectativa é que os desembolsos possam atingir até US$ 1 bilhão, na opinião de Mariante. "A demanda vai começar a surgir agora, há um número crescente de empresas pequenas e médias que não são conhecidas no mercado e precisam do apoio de uma linha de financiamento para comercializar seus produtos", afirmou.

A nova linha terá 100% de participação do banco e custo de Taxa de Juros de Longo Prazo (atualmente em 9,75%) mais 1% para o BNDES e 4% para os agentes repassadores, totalizando 14,75% ao ano. O prazo de carência será de 12 meses e mais 24 meses de amortização.




Fonte: Reuters

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