Thomaz Bastos diz que pergunta do referendo sobre comércio de armas deve ser clara
Após participar da inauguração da nova sede do Instituto Nacional de Criminalística, o ministro
afirmou que a realização do referendo é "uma imensa oportunidade de o país mostrar que quer uma cultura de paz". A consulta popular vai responder se o brasileiro concorda ou não com essa proibição.
Para Bastos, a população deve responder no referendo à pergunta que está prevista na lei, ou seja, "o comércio de armas de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".
Entretanto, o relator do projeto na Comissão de Segurança Pública da Câmara, deputado Vanderval Lima (PL-SP), alterou o questionamento para "deve ser proibido, em todo o território nacional, o comércio de armas de fogo e de munições a pessoas, para a sua legítima defesa e de seu patrimônio, na forma da lei?".
"A mudança de pergunta não tem nenhum sentido, porque a pergunta já estava na lei. E, como todas as perguntas legais, ela tem que ser feita de uma maneira clara e sobre um fato só, de modo que o substitutivo da Comissão de Segurança da Câmara não foi feliz", criticou Thomaz Bastos.
Na semana passada, o ministro se reuniu com os presidentes da Câmara, Severino Cavalcanti (PL-PP) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para discutir as mudanças e pedir prioridade na votação do projeto. "Nós esperamos - e eu conversei sobre isso com o presidente Renan Calheiros e com o presidente Severino Cavalcanti (da Câmara) - que seja restaurada a pergunta natural", disse Thomaz Bastos.
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