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Politica Brasil
Sexta - 25 de Março de 2005 às 15:35
Por: Valéria Cristina da Silva

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Mesmo com o partido não tendo apoiado oficialmente a candidatura de Wilson Santos à prefeitura, o PMDB tem conseguido um espaço considerável no Palácio Alencastro. O mais recente exemplo disso é a contratação do ex-prefeito de Chapada dos Guimarães, Pedro Reindel, o Pedrão (PMDB), para o cargo de adjunto de Finanças. Nesse caso a questão ainda tem um outro lado, o da retribuição. O irmão de Wilson, Elias Santos, foi secretário municipal de Turismo na gestão do peemedebista.

Pedrão não gosta muito de falar sobre o assunto, mas afirma que independentemente da relação do PMDB cuiabano com o prefeito da capital, sua relação com Wilson é antiga. "Foi ele que me levou para o PMDB e sempre estarei com ele", argumenta. Outro peemedebista que tem espaço no governo Wilson Santos é o vereador Walter Rabelo. Contrariando as orientações partidárias, Rabelo fez campanha para o prefeito. O relacionamento quase sofreu uma rachadura há algumas semanas, mas uma conversa resolveu a situação. A secretária adjunta de Cultura Keli Cristina, é indicação do vereador.

O secretário de Governo e Comunicação Social da prefeitura, Ronaldo Taveira, admite que o relacionamento político com aliados não é fácil, apesar de ser necessário para garantia da governabilidade. A negociação de cargos só acabaria, segundo Taveira, se fosse instituído concurso público para todas as vagas disponíveis nos órgãos. Enquanto isso não acontece esta é a forma de atender os aliados.

"O problema mais grave da prefeitura era o salário atrasado. Isso já foi resolvido. O maior problema hoje, como no resto do país, é o desemprego. Eu tenho comigo cerca de mil currículos, todos de pessoas qualificadas. Mas além de não ter vaga para todo mundo, também tenho que atender a questão política", desabafa Taveira.

Na prefeitura de Cuiabá são 400 cargos de confiança, mas nem todos ainda estão preenchidos. Para contentar os aliados, cada vereador eleito, que acompanhou Wilson desde o início da campanha, teve direito a seis cargos para indicação. Aqueles que se uniram ao grupo no segundo turno foram contemplados com três cargos e os que só vieram depois da eleição ficaram com um cargo. Taveira pondera que pode até ter havido descontentamento, mas que hoje a base governista está coesa.




Fonte: A Gazeta

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